
Uma andorinha só não faz verão │ Victor O. de Faria
“Bom dia, queridos ouvintes! Bem-vindos de volta à 82.39 AM, a sua rádio rural preferida! Aqui é o Euclides e nosso telefone de contato é… Perdoem a interferência. As antenas estão ruins hoje. Mas o dia começou bom demais, com um calor acima da média e nada de ventos cortantes. A estação promete! Só estou sentindo falta dos passarinhos. Acorda pintassilgo, acorda joão-de-barro, acorda bem-te-vi! Parece que fugiram… O que deu nessas aves hoje? Uma andorinha só não faz verão, minha gente! Isso, inclusive, me lembra de uma música. Fiquem agora com…”
“Voltamos! Eita que a interferência tá demais hoje. Mas vamos direto à previsão do tempo! Para hoje, temos um céu de brigadeiro e, tem algo lá (Alguém tá filmando isso?). Escuta só essa, pessoal. Temos um meteorito atravessando os céus de nossa cidade neste exato momento! Quem puder vá até a janela e observe. Cadê a galera mais jovem que gritava “vem, meteoro”? Essa é sua chance! Rádio 82.39 AM, a sua rádio rural preferida, trazendo a notícia em primeira mão! Parece que está se aproximando. Olha a cauda (Sai da janela, gente!). Meu pai do céu! Explodiu em pedacinhos… Não, não! São enormes! Peço perdão, estamos com muita… Vai cair aqui, querido ouvinte! (Mas que droga! Fecha a janela, Douglas!). Os vidros não resistiram, se abriguem, onde estiverem! (Sai, sai, vai pra dentro! Debaixo da mesa!). Meu Deus… É… Bonito demais…”.
(…)
***
Cristal era cega de nascença. Tonico, seu companheiro desde sempre. Enquanto os campos estivessem dourados, era ele o responsável por recolher o precioso trigo. A fazenda-sem-fim, de relvas louras e hastes preguiçosas, terminava onde o horizonte alcançava os céus de oceano.
O lago ametista era o que mais chamava a atenção. Localizado no centro de toda aquela planície, brilhava sob a luz magenta de um Sol já cansado. Seu formato elíptico revelava suas origens abaixo da superfície límpida. A vertente fértil devia sua condição àquela pedra do espaço. O impacto criara não somente a água como também espalhara nutrientes pelo solo arenoso. O lilás brilhante contrastava de forma suave com o amarelo-ouro, e, por vezes, confundia o olhar.
Para ela, a brisa suave e o silêncio já bastavam. O problema era que, sem poder ver, dependia exclusivamente de seus outros sentidos. Quando ele estava fora, tinha medo. Algum predador poderia se aproveitar. Querendo ou não, seus instintos falavam mais alto. Se tivesse alguma forma de se defender… Preferia cantar “aquela canção”. Enquanto Tonico ouvisse as notas agudas de sua melodia diária teria certeza de que estava protegida.
Para ele, recolher os grãos era uma tarefa extenuante. Mas disso dependia sua sobrevivência. Enquanto realizava o serviço, mantinha os ouvidos bem atentos à melodia constante que viajava pelos campos abertos. Os ventos se encarregavam de transmitir a mensagem. Desfrutavam de uma paz que não sentiam há muitos anos, desde a chegada do meteoro.
De repente, a música parou. Aquele pensamento se foi como a brisa da manhã. Coçou o pescoço involuntariamente. Os ruídos no silêncio carregavam uma sensação estranha. Pra que lado estava sua casa mesmo? Acostumado a seguir a canção, viu-se perdido por um momento. O trigo crescera de forma rápida e espontânea (o que era ótimo), mas só conseguia enxergar a divisão entre o amarelo-ouro e o azul-celeste. Procurou se acalmar.
As hastes se mexeram de forma ominosa. Seu corpo estremeceu (uma tempestade estava chegando, tinha certeza). Guardou o pouco que havia colhido e pôs-se a correr. As sombras dançantes o alcançaram. Enquanto desviava rapidamente do trigo viçoso, sentiu as primeiras gotas de chuva, junto à umidade, crescer sob seus pés – pelo menos encontrara a vertente, sua fonte vital, o centro de tudo. Poderia sair dali rapidamente, se não estivesse com a perna esfolada.
A chuva torrencial chegou sem aviso e fez um trabalho artístico digno de nota. Cada gota entoava uma nota perfeita e desenhava um círculo concêntrico, seguido de outro e de outro. O fundo ametista hipnotizava, literalmente – inclusive, esse podia ser o motivo de ainda estar ali. Contudo, não havia mais escolha. Encolheu-se num canto seguro entre a lama e as espigas e aguardou, até que a chuva passasse. Então, sem qualquer cerimônia, adormeceu.
Os primeiros raios de Sol brilharam sobre o orvalho da manhã, trazendo um novo dia de paz e sossego. O crepitar da relva macia o acordou. Sacudiu o corpo e partiu. Que sensação engraçada era aquela em seus ouvidos? A melodia havia voltado, relativamente baixa, mas estava lá. Encheu-se de coragem e adentrou os campos – precisava chegar rápido agora que sua bússola externa o guiava de forma certeira.
Surpreso, ouviu uma segunda melodia – muito jovem para ser de um adulto e muito simples para ser de alguém, o que era impossível. Mesmo ferido, andou rapidamente ao encontro de sua protegida. Centenas de feixes e espinhos depois, chegava à entrada de sua varanda natural. Tonico assobiou aliviado, numa espécie de código. Cristal entenderia. Fez o mesmo.
Lá estava ela, radiante, esbelta e ativa… Com alguma coisa ao seu lado. Colocado com carinho sobre os mesmos ramos colhidos no dia anterior estava um ovo intacto, totalmente lilás-ametista – seu primeiro filho, uma nova geração de aves canoras sem dono, sem nome, sem apelidos. Como poderia saber? O futuro havia sorrido para o casal de andorinhas, num claro sinal de que as estações (assim como era na “época dos homens”) voltariam algum dia.
***
Não muito longe dali, um aparelho antigo, gasto e enferrujado, resistindo teimosamente às intempéries de um lamaçal de clima único, tocava em looping sua melodia diária. “Aquela canção”, uma canção melancólica que continha certa ironia em sua letra – incompreensível para as aves, mas fácil de imitar, cantar e assobiar, como um código.
“Rádio 82.39 AM, a sua rádio rural preferida… Fiquem agora com Kansas, Dust in the Wind…”.
* Domínio da escrita
Não identifiquei problemas com a escrita nem com o estilo. Nota 3,0
* Domínio narrativo
Não entendi várias passagens. Era um casal de andorinhas. Tudo bem. Mas por que seria penoso ao macho recolher grãos de trigo? “Para ele, recolher os grãos era uma tarefa extenuante. Mas disso dependia sua sobrevivência.”
Quanto peso pode carregar um pássaro pequeno? Pouco, suponho. Então de onde viria todo o desgaste físico?
A fêmea também demonstrava um comportamento incoerente: “Quando ele estava fora, tinha medo. Algum predador poderia se aproveitar. Querendo ou não, seus instintos falavam mais alto. Se tivesse alguma forma de se defender… Preferia cantar “aquela canção”. Enquanto Tonico ouvisse as notas agudas de sua melodia diária teria certeza de que estava protegida.”
Ora, se ela tinha medo de predadores não seria mais sensato ficar em silêncio? Da mesma forma que o seu canto guiava o companheiro, também poderia guiar os predadores. Aliás, por que um pássaro necessitaria de ajuda sonora para se orientar e voltar ao ninho? Não faz sentido.
Citando apenas mais um exemplo (haveria muitos): depois da queda do meteoro e suposta extinção da humanidade, como seria possível àquele rádio continuar funcionando? Não faz sentido *mesmo*!!! Nota 1,0
*Abordagem do tema
Não consegui correlacionar o título do texto, que é um ditado popular, com o enredo. Nota 1,0
*Impacto
Achei visualmente agradáveis as descrições, embora algumas coisas não fizessem sentido. “Seu formato elíptico revelava suas origens abaixo da superfície límpida.” Se a depressão que o formou era resultado do impacto do meteoro, deveria ser circular e não elíptica. E qual a razão da sua cor lilás? Algum elemento químico especial?
Quando penso no conto vejo esse trigal imenso e dourado, e um pássaro de perna machucada: “Poderia sair dali rapidamente, se não estivesse com a perna esfolada.” — esfolou onde? como? —, que tinha dificuldade em correr (correr?!): “Guardou o pouco que havia colhido e pôs-se a correr.” “Mesmo ferido, andou rapidamente ao encontro de sua protegida.”
Enfim, após ler esse conto permaneço com a mesma impressão ligeiramente desconfortável que costumava ter nos tempos de estudante, após assistir a uma aula da qual não havia entendido a maior parte. Ainda bem que esta não vai cair na prova! Nota 0,5
*** Totalidade das notas: 5,5 ***
Domínio da escrita: Muito bem escrito, minha única ressalva é quanto ao uso da meia risca no lugar dos travessões. Tenho usado também isso como um dos meus critérios de avaliação, portanto, infelizmente preciso dar um pequeno desconto na pontuação; se pudesse, descontaria menos.
Nota: 2,5
Domínio narrativo: Muito bom! O detalhamento do lugar pintado em cores fantásticas serve como distrator ao fato de se omitir maiores informações a respeito dos protagonistas. Muito bem conduzido! O começo é um tanto confuso, mas a coisa é construída de maneira a se tornar facilmente inteligível no momento certo — nem antes, nem depois.
Nota: 3
Abordagem do tema: Abordagem feita de maneira absolutamente adequada. É orgânico, o texto orbita ao entorno do tema, e sem deixar transparecer até o momento derradeiro.
Nota: 2
Impacto: Adorei o conto! Confesso que estava descrente no começo, mas me surpreendeu. Excelente concorrente! Parabéns!
Nota: 2
Domínio da escrita:
O autor tem pleno domínio narrativo! Ia reclamar que abusou um pouquinho dos adjetivos, mas logo percebi que foi só para trazer luz a um novo mundo! E amei!
nota: 3
Domínio narrativo:
A história foi se desenrolando devagar, de uma forma extremamente lírica! Levando a compreensão total só no final do conto. Coisa de autor maduro e experiente!
nota:3
Abordagem do tema:
Tema abordado com sucesso e da maneira mais original desse desafio! Parabéns!
nota: 2
Impacto:
O que posso dizer? Amei!
Original, poético, cheio de cor, textura e sons! Perfeito!
nota: 2
Total: 10 💖
Domínio da escrita: Possui alguns erros de coesão e coerência. Nota 2,5
Domínio narrativo: Uma boa abordagem narrativa, mas que deveria explorar mais. Nota 2,5
Abordagem do tema: O texto trás referência aos ditados populares, mas deveria explorar mais. Nota 1
Impacto: O texto não me provocou nenhum impacto. Nota 0
1) Domínio da escrita (nota de 0 a 3)
NOTA: 3
[Em Domínio da escrita devem ser abordadas questões referentes à escrita, como revisão, coesão e estilo]
O texto está escrito com perfeição. Não há revisão a ser feita. O autor escreve com maestria, inclusive no que se refere ao uso do máximo possível de artifícios, como, por exemplo, a separação de seções, o uso de pontuações menos convencionais como reticências, o uso das reticências entre parênteses, a interpolação de frases demonstrada pelo itálico dentre de parênteses…
O estilo é límpido e poético. Veja-se, por exemplo, que adjetivações que, em outro texto, poderiam soar exageradas aqui ou ali, se encaixam perfeitamente neste conto, quando se inicia a segunda seção informando ao leitor que “Cristal era cega de nascença”. Dizer isso e depois pintar as cores daquele ambiente é algo magistral!
2) Domínio narrativo (nota de 0 a 3):
NOTA: 3
[Em Domínio narrativo devem ser tratados aspectos do enredo, da ambientação, construção de personagens, e demais elementos da narrativa]
O autor cria, num texto bem curto (mais do que eu gostaria, aliás haha), um background imenso. Dois parágrafos são o suficiente para criar o cenário pré-apocalíptico a partir do qual o resto da história se desenvolverá. Os personagens Cristal e Tonico também são construídos com muita singeleza. Pouco se diz sobre eles, mas rapidamente criamos simpatia.
3) Abordagem do tema (nota de 0 a 2)
NOTA: 2
[Em Abordagem do tema deve-se discorrer sobre a adequação e o aproveitamento da temática do certame no texto]
O autor aborda o tema corretamente. “Literaliza” o ditado – que, como em outros bons contos do certame, sequer precisava ter sido explicitado no título -, criando quase uma fábula poética a explicá-lo. Muitíssimo bom.
4) Impacto (nota de 0 a 2)
NOTA: 1
[E em Impacto o participante pode fazer observações pessoais]
Tem que ser muito chato para não dar a pontuação máxima aqui também, e depois de tantos elogios. O que me alivia é saber que essas subjetividades se diluem no restante das notas dos outros escritores e leitores. É estranhíssimo também, confesso, ir por esse caminho de dizer algo como “acho que o conto tinha fôlego pra ser maior”. Se esse conto for do Anderson (o que é bem possível, dada a qualidade haha), eu estou ferrado, porque já prevejo um “meu conto é o que é” haha.
Mas também não posso me furtar da sinceridade na única sessão em que isso é quase obrigatório, já que se trata justamente do quanto o texto nos tocou. E como tocou! Aquele início é vibrante. A transição de cena, e de tempos, e de histórias, é fenomenal. E eis que tudo aquilo acenava para uma história com mais fôlego, no meu ver. Ou, dito de outra forma, o final me soou muito abrupto e quase deslocado.
Confesso também que se trata de um exercício comparativo de dar notas. Eu sempre me pego pensando comparativamente. Este conto foi, sem dúvida, o mais bem escrito. Ganhou um 9, e poderia ganha um 9,5. Mas um 9,5 significaria que eu digo que foi melhor do que – no meu ranking – “Cuspido e escarrado”. E não foi o que eu SENTI ao lê-los. Este é tecnicamente melhor, mais bem escrito, mais poético. E em todas as seções anteriores eu tentei esboçar esse senso de justiça OBJETIVA. Mas aqui, e só aqui, eu preciso compará-los e dizer que por um pouco, e talvez SABE-SE LÁ PQ, fui mais impactado por aquele humor do que por essa poesia. E, mesmo assim, dei-lhes notas idênticas, tentando ser justo com as obras, e justo com o que apreendi delas. Tanto aquele como este conto merecem meus aplausos de pé. São os meus favoritos até aqui. Muitíssimo boa sorte para os autores e desculpem-me eventual injustiça (a possibilidade de ser injusto obviamente me vem à mente quando vejo que gastei um absurdo de palavras nesta última seção para me justificar).
NOTA FINAL: 9
Domínio da escrita: Nota 2,0
No geral, o(a) autor(a) demonstrou habilidade ao redigir o seu texto. Houve algumas repetições de palavras, mas nada grave.
Faltou a vírgula antes do vocativo: Acorda, pintassilgo; acorda, joão-de-barro; acorda, bem-te-vi! Entendi que o seu conflito foi o acúmulo de vírgulas. Eu resolveria isso usando ponto e vírgula para separar. Ou até mesmo ponto.
Colocaria vírgula depois de “eita” > Eita que a interferência tá demais […] > Eita, que a interferência tá demais […]
[…] sentiu as primeiras gotas de chuva, junto à umidade, crescer > […] sentiu as primeiras gotas de chuva, junto à umidade, CRESCEREM
Domínio narrativo: Nota 1,5
Não é um texto extenso, mas a descrição do ambiente pareceu-me um pouco longa (ou talvez minha paciência esteja curta). Boa ambientação, construção de personagens com objetivo de ocultar a verdadeira natureza dos protagonistas. Narração em terceira pessoa, sem deixar pontas soltas ou final aberto.
Abordagem do tema: Nota 1,5
O(A) autor(a) escolheu o ditado popular “uma andorinha só não faz verão”, cujo significado seria: uma pessoa sozinha não tem poder suficiente para mudar uma situação. A analogia desta expressão baseia-se no fato das andorinhas geralmente voarem em bandos. No caso do presente conto, trata-se de um casal de andorinhas mesmo, lutando para sobreviver em um cenário modificado pela queda de um meteoro. A união culmina com uma nova geração de aves canoras, mas com características ainda desconhecidas, pois os ovos já apresentam coloração modificada. Diria que o tema foi sim abordado, e quase ao pé da letra.
Impacto: Nota 1,5
Gostei principalmente do início do conto, com a locução do acidente ambiental causado pela queda de um meteoro, de forma bastante inesperada. No entanto, minha atenção se desprendeu do texto em algumas passagens meramente descritivas. Talvez pudesse ter sido dada maior ênfase à importância da cumplicidade do casal de andorinhas (o quanto dependiam um do outro para sobreviver). Não me surpreendi com o fato de ser mesmo um casal de andorinhas, pois o(a) autor(a) foi deixando pistas pelo caminho.
Parabéns pela participação e boa sorte.
Nota total = 6,5
Olá, Aristóteles. Parabéns pelo seu texto, que deveria ser visto como exemplo para a qualidade que esperaria encontrar nestes desafios.
Domínio da Escrita
Perfeito. Linguagem simples e fluída. Tudo no lugar certo, sem artifícios desnecessários.
Domínio narrativo
Fui enganado pelo desfecho inesperado, o que diz muito da qualidade narrativa do conto. A acção desenrola-se de forma lenta e compassada, como se desenrolasse um novelo. A fluidez da linguagem é suficiente para manter o interesse do leitor, bem como o não revelar pormenores.
Abordagem do tema
O tema está bem patente, servindo de mote a um excelente conto.
Impacto
O impacto só não é maior porque o texto fala de coisas banais – mas conta a história de uma forma magistral, e é aqui que se separa o trigo do joio, como se costuma dizer aqui em Portugal. Que é, como quem diz, separa o que tem qualidade daquilo que não tem.
Avaliação
Domínio da Escrita (0 a 3): 3
Domínio narrativo (0 a 3): 3
Abordagem do tema (0 a 2): 2
Impacto (0 a 2): 2
Nota 10
Domínio da escrita: 2,00 – Um ou outro errinho, uma ou outra repetição, porém segue bem escrito.
Domínio narrativo: 3,00 – O desenvolvimento de contrapontos abrilhantaram o conto, principalmente o personagem cego com as descrições da paisagem, e os pássaros sendo os protagonistas.
Abordagem do tema: 2,00 – Excelente no todo.
Impacto: 1,50 – Só um detalhe no final, a música poderia continuar subjetiva.
Total: 8,50
Domínio da escrita: Muito bem escrito, demonstra um trabalho cuidadoso na composição da história. Palavras bem escolhidas e bem ajambradas, concertadas, formam uma história muito bonita. Parágrafos concisos embrulham a ideia em um pacote bonito, em estilo elegante. Parabéns! Nota: 3,0.
Domínio narrativo: A ideia do meteorito é batida, e sua narração foi futebolística, pouco verossímil, apoiando-se muito na licença poética. A história flui muito bem, sem grandes percalços, apenas em boas surpresas. Ora, eis que Cristal e Tonico são duas andorinhas sobreviventes do apocalipse! Grata surpresa. A parte da chuva foi caótica, como uma tempestade, o que exigiu um pouco mais de mim, enquanto leitor, em termos de compreensão. Parabéns, mais uma vez. Nota: 2,5.
Abordagem do tema: Escolheu o mesmo ditado que o meu! Haha!
Sim, andorinha sozinha não faz verão ou (sobre)vive bem, o que ficou muito claro neste conto. Espero que o ovo choque e mais andorinhas venham compor esse pequenino grupo. Nota: 1,5.
Impacto: Conto muito bonito, tão bonito quanto o campo de trigo dourado, o lago ametista e as aves fusiformes. Tem melodia, é cativante. Adorei. Nota: 2,0.
Oi seu Aritóteles.
Adorei seu conto!
Domínio da escrita 2,5
Muito bom. Um texto rico e poético, inegavelmente bem escrito, de forma muito correta. Só me incomodou um pouco o excesso de adjetivos. Veja bem que não me incomoda o uso de adjetivos, mas sim, seu excesso. As imagens que você cria com as palavras são muito bonitas, cheias de poesia e isso se dá, em grande parte, pelo uso dos adjetivos. Mas, num certo momento, me pareceu meio demais e isso enfraqueceu a narrativa.
Domínio narrativo 3,0
O texto, muito habilmente, leva o leitor a se surpreender no final. Achei bem esperto o som do rádio no início e no fim, deu mesmo aquela sensação de fim do mundo. A narrativa do rádio, logo no começo, foi genial, Todo o ambiente foi muito bem criado, dá para sentir a solidão, a paz depois de destruição, a vida renascendo. Muito bom!
Abordagem do tema 2,0
Conto dentro do tema, sem dúvida. A esperança de fazer verão volta quando as duas andorinhas ganham um filhote.
Impacto 2,0
Um conto doce e bem escrito, cheio de poesia. Gostei muito.
Nota: 9,5
Domínio da escrita: texto parece revisado, alguma palavra mais rebuscada e frases clichês; A coesão não é bastante, o estilo é satisfatório. Nota 2.
Domínio narrativo: enredo pouco atrativo; ambientação descrita em detalhes; a construção das personagens é satisfatória. Nota 2.
Abordagem do tema: ficou claro o aproveitamento da temática no texto, embora sem ápice que pudesse agradar a leitura. Nota: 1.
Impacto: a autora escreve bem, mas poderia suprimir várias explicações, deixando a cargo da leitora e leitor. Nota 1,5.
Seu Aristóteles, tudo de bom para o senhor.
Domínio da escrita: não encontrei erros, tem coesão e o estilo é melancólico e maçante.
Domínio narrativo: o conto tem um arco bem estruturado, a ambientação é bem construída e os personagens são bem apresentados.
Abordagem do tema: O ditado popular abordado pelo autor tá dentro do tema proposto.
Impacto: No começo a locução foi legal, mas achei que faltou desespero na voz do radialista ao dar a noticia sobre o meteoro. Na segunda parte deu preguiça de ler: “Sol cansado, campos dourados”, essas combinações de palavras em minha opinião prejudicam a narrativa e amarra o fluxo, cansa de ler. O final foi comum, salvo a canção que gosto muito. Fui até ouvir. Boa sorte no desafio.
Domínio da escrita: nota 2,5
Domínio narrativo: nota 2,5
Abordagem do tema: nota 1
Impacto: nota 0,5
Domínio da escrita Bom – Nota 1
Domínio literário Bom – tem tom poético – Nota 1
Abordagem do tema Ruim – Nota .5
Impacto Bom – Trechos de texto bonitos Nota 1