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Quem é quem? │ Ana Maria Monteiro

♈ — E então, minha gente, avançamos com isto ou não? Tudo preparado? Avancemos.

(começa a andar, a passo rápido)

♉— Pela minha parte, já disse que trato da parte alimentar, para estarmos todos satisfeitos e confortáveis. E tu, estás pronto?

(fica sentado, a tomar banhos de sol)

♊— Eu acho que precisamos falar com todos, para saber o que preferem, assim ninguém fica chateado. Falo eu. Não se preocupem.

(começa imediatamente a enviar SMS para os outros todos, não fazendo exatamente a mesma pergunta a nenhum deles, mas manda muito emojis).

♋Este não fala, só pensa, “Se este filho da p*** pensa que estava a falar pra mim, está muito enganado”.

(senta-se, de patas cruzadas)

♌— Oh, sim, eu estou preparado, claro. Trato da parte cultural toda, vamos ter muito espetáculo! E que acham do meu visual?

(faz uma ligeira vénia, divertido e seguro do público)

♍— Bem, todos os aspetos devem ser levados em consideração e alinhados de acordo com o peso específico que cada um representa. Vou preparar uns gráficos.

(senta-se e liga de imediato o computador, para abrir o excel).

♎— A parte da decoração fica comigo. Como sabem, conjugo formas e cores. A harmonia é a única verdadeira base da justiça.

(e senta-se, imaginando mentalmente o resultado, enquanto vai pondo de lado as ideias mais trabalhosas e as que não pode delegar em outros).

♏ — É óbvio que a decoração vai ficar por fazer. Justiça, justiça, a justiça começa em casa, não é do outro lado da rua. Mas não pense que se safa, no fim vou pedir-lhe explicações.

(afasta-se, um pouco mal-humorado)

♐— Pessoal, a vida são dois dias. Que é isso? Vamos animar-nos. Deixem comigo, eu trato da animação e faço um bocado de stand-up para vocês.

(finge que escorrega numa casca de banana imaginária e fica a rir)

♑— Está visto que, como de costume, vou ter de ser eu a fazer tudo. São todos muito irresponsáveis, uns preguiçosos, que não querem fazer nada. E que, no fim, nem ao menos agradecem ou mostram algum tipo de reconhecimento. Ninguém me dá o devido valor e eu faço tudo por eles.

(e, enquanto limpa uma lágrima que tentou trazer à superfície, começa a procurar o contacto de todos os que prestam os serviços necessários e que, tão arduamente, irá coordenar)

♒— A realidade é sempre mais abrangente, precisamos ter uma visão do todo. Mas sempre vos digo que, a final, encontraremos a mesma pergunta, invariável e sem resposta: qual o sentido da vida? isso existe, ao menos?

(e, levantando a cabeça dramaticamente, vai dando uma espreitadela na assistência, para ver se alguém lhe interessa)

♓— Fico eu com o problema nas mãos? Sobra sempre para mim. E encarrego-me do quê? Nunca contam comigo. E, no final, lá tenho de resolver as coisas. Pois então, muito bem, aqui fica: QUAL É O SENTIDO DA VIDA?

(e afasta-se, rapidamente, pois nem sabe se quer ouvir as respostas)

♈ — O sentido da vida é viver. Viver, criando; criando mais vida, mais diversidade, inovando. É avançar, sem receio. A vida é uma aventura que pede para ser desfrutada.

(abana a cabeça, tentando afastar as dúvidas que tantas vezes lhe quebram o otimismo, e avança, inseguro, mas confiante)

♉ — Esse é um assunto que não me preocupa particularmente, o importante é que não falte nada e que a diabetes nunca me ataque, nem a obesidade. De resto, que levaríamos da vida, se não fossem o bem-estar e os pequenos prazeres?

(sai, para ir tomar um duche, pois já está a ficar atrasado para o ginásio)

♊ — O sentido da vida? Como diria o Caeiro, uns dos outro do tal Pessoa: o sentido da vida é não ter sentido nenhum. Mas vou apurar o que pensam as pessoas sobre isso.

(e parte para mais umas investigações online, ou com a primeira pessoa que encontrar)

♋ — Ironicamente, o sentido da vida é a direito. – Ri-se da piadinha que só alguns entendem e continua: — Encontramos o sentido da vida, junto daqueles que amamos, da nossa família, onde todos nos conhecemos e sabemos que, independentemente dos defeitos de cada um, estamos em segurança uns com os outros.

(e segue o seu caminho, tem sempre um destino)

♌ — Que mais posso desejar, além de dar a conhecer o melhor de mim? Quero ser reconhecido e admirado pela minha presença, pelo meu desempenho, pelo meu poder.

(e vira-se lentamente, envergando toda a sua estatura, e, majestático e consciente de si, avança em passo seguro)

♍ — Bem, vamos por ordem. Nunca vamos encontrar o sentido seja do que for, se primeiro não analisarmos bem os pressupostos. Temos de organizar tudo muito bem e com atenção, pois os pequenos erros podem ser fatais e, então sim, quando tivermos a pergunta certa, poderemos começar a pensar em procurar a resposta. Entretanto, agrada-me ouvir as diversas opiniões sobre o assunto e decerto irei equacionar cada uma delas.

(pousa a régua e o esquadro e tira a calculadora do bolso, pois precisa estabelecer uns valores)

♎ — O sentido da vida é ser feliz. Mas para ser feliz são precisas muitas coisas, ainda assim, diria que a mais importante é o amor. Que sentido teria a vida sem o amor?

(e distancia-se com elegância, qual beija-flor)

♏ — Essa é uma pergunta difícil e nem sei se existe uma resposta para ela. A vida é um desafio permanente, é necessário ultrapassar muitos obstáculos. Mais importante que encontrar o sentido, é escolher bem quem nos acompanha na viagem, tentar perceber quem são as pessoas que vivem dentro das pessoas que se nos mostram.

(e retira-se, usando o seu passo pausado e estudado)

♐ — Não sei, não sei qual é o sentido da vida. No meu caso, diria que é viajar, mas as outras pessoas são diferentes de mim. Acho que cada um tem o seu próprio sentido da vida. É isso. Boa noite.

 (e parte, rumo ao que estiver pela frente)

♑O que verdadeiramente interessa são as qualidades das pessoas. A sua honestidade, lealdade, responsabilidade. A vida é um percurso que deve ser percorrido, prestando atenção a tudo – é muito importante saber-se o que se quer, e trabalhar para isso. E não é menos importante, respeitar as convenções e ser respeitados pelas outras pessoas. Devemos procurar ter um comportamento adequado a cada situação e zelar pelos nossos bens e interesses, pois o mundo está cheio de predadores.

(assume um ar ocupado e vai-se embora)

♒ — Hummmm? – esfrega os olhos estremunhados – oh, desculpem. Acho que adormeci com o discurso que estava a ouvir ainda agora. As pessoas assim são tão chatas, tão limitadas. Não há pachorra! O sentido da vida? Acho que é mesmo esse, procurar esse sentido. Que acha? Existem inúmeras abordagens filosóficas, matemáticas, até a ciência já tem tentado lá chegar. Vou continuar a pensar nisso.

(fecha os olhos, com um ar pensativo)

♓ — Eis que a conversa retorna até mim e devo também responder à pergunta que lancei. Eu não procuro muito entender o sentido da vida, gosto mais de tentar perceber os seus sinais e tento guiar-me pelo que entendo quase como uma mensagem. Mas engano-me com frequência e sinto uma grande frustração com isso. Vou aprendendo a viver, mas não sei ser diferente.

(e, com a barbatana levemente iluminada pela refração da luz na superfície da água, nada suavemente, ganhando distância).

♥♦♣♠

Por esta altura, poderia terminar, mas entendo que alguns gostariam que explicasse, só que não gosto muito de explicar, prefiro dar mais umas deixas. Por isso, quem quiser um esclarecimento mais válido, procure, preferencialmente, o♍ ou o ♑, eles são bons a esmiuçar as coisas e gostam de o fazer; a mim, não, eu sou um♈ deles e, como já devem ter percebido, estou sempre com pressa; se forem perguntar ao ♒, também não, vocês procuram uma árvore e ele só fala da floresta; se forem ter com ♊, o mais certo é terem de esperar sentados, pois ele irá lançar uma das suas peculiares sondagens antes de vos dizer alguma coisa de concreto; o ♌ não perderá a oportunidade de vos exibir os seus dotes interpretativos, que serão muitos, mas vocês não vão perceber nada, ofuscados por tanto brilho; ♉ irá receber os vossos comentários com um sorriso sincero, mas não saberá responder, até porque é bem provável que, ele próprio, não se tenha dado muito ao trabalho de ler com atenção; ♎é outro que não se deteve a pensar no assunto e vai ficar com sentimento de culpa; ♏ vai olhar para você com desconfiança e o ♐ vai aproveitar para dizer umas piadas; ♋ vai querer perceber como vocês pensam, antes de vos dizer alguma coisa e o ♓, não sei, penso que, com esse, vai depender muito dele simpatizar ou não com vocês.

 

Sempre ao dispor. Vejam abaixo onde me encontrar

 

Dr. Aaris (consultas presenciais e online)

Tel. XXX XXX XXX

Dr. Aaris, astrólogo, quiromante, cartomante. Mestre espiritual.

Não tome suas decisões sem me consultar.

23 comentários em “Quem é quem? │ Ana Maria Monteiro”

  1. Andreas Chamorro

    Eu queria ter escrito esse conto. Foi uma boa ideia pensar em uma conversa de signos já que o tema do desafio era explorar a troca de pontos de vista e os esteriótipos dos signos dariam para brincar bastante. Queria também entender mais de astrologia para caçar as alusões, mas consegui entender quem era quem, acho. E as tiradinhas filosóficas foram ótimas. Boa sorte!

  2. Uma abordagem muito criativa do proposto pelo certame, aproveitando ao máximo e se utilizando quase exclusivamente de diálogos para tanto, o que requer muita habilidade. Por outro lado, essa estratégia acaba por ser cansativa e arrasta um pouco a leitura, ainda mais não havendo trama definida passando pela conversa entre os signos.

  3. Ana Maria Monteiro

    Olá, Dr. Aaris
    Achei o seu conto, antes de tudo, bem-humorado e imaginativo. O tema está lá, amplamente.
    Não sei se lhe chamaria um conto, mas é mais um texto não-conto que aqui encontro. Reconheci o sotaque luso e não encontrei escorregadelas na revisão.
    Os personagens estão caricaturados, mais que caracterizados, mas não sei se ganharia em aumentar o texto, a menos que decida incluir mais temas de discussão e aí poderíamos ter uma peça de teatro instigante.

    Parabéns e boa sorte no desafio.

  4. jowilton amaral da costa

    Achei o conto bem intrigante na primeira leitura, o tema foi usado com bastante originalidade. Não entendi direito o contexto, até ler os comentários e descobrir que cada fala é representativa de um signo do zodíaco. No início imaginei que seria uma espécie de reunião virtual, por celular, talvez, durante a pandemia. Não entendo muito de signo, no entanto, me senti representado nas falas da personagem do meu signo. sou câncer. Boa sorte no desafio.

  5. Este texto é verdadeiramente singular e distinto de tudo que já tive a oportunidade de ler antes. Ele é excepcionalmente bem elaborado e demonstra um elevado grau de criatividade por parte do autor.

  6. Vou chover no molhado! Me pareceu quase unânime a dificuldade de leitura para quem não domina os signos astrológicos. O título traz a provocação – QUEM É QUEM? Eu não sei! A discussão sobre se há sentido na Vida está clara, mas como em todas as discussões dessa espécie, nada se conclui. O “Caeiro” talvez tenha entregado a nacionalidade do autor… (risos) Valeu pela linguagem criativa, parabéns e boa sorte!

  7. Gostei da criatividade! A leitura flui melhor para quem conhecê os signos do horóscopo, mas a falta desse saber não torna o texto menos interessante e engraçado. Parabéns!

  8. Olá. Estou a ler os textos deste desafio e já estava a desesperar por alguma criatividade fora do comum. Eis que chego ao seu texto, que embora não possa categorizar como conto, está bem escrito. Deve ser o conto que trabalha mais pontos de vista, mas fá-lo de uma maneira organizada. O leitor não perde tempo a identificar as diferentes vozes, e isso é importante.

  9. Fernando Dias Cyrino

    olá, Dr. Aaris, cá estou eu relendo e tentando entender a sua história. Amigo, sou nulo no horóscopo. Entendo dos signos do zodíaco tal como compreendo sânscrito. Mas vejo que você, com muita criatividade e o uso concreto da metalinguagem, quando usa os símbolos dos doze signos como referência para quem dirige a palavra e no final para uma explicação final, que gostei, eis que me esclareceu um pouco das coisas. Uma reflexão com doze pontos de vista a respeito do sentido da nossa existência. Acho que ficou dentro do tema, eis que os olhares se cruzam entre os participantes da discussão tendo o Dr. Aaris como condutor onisciente da narrativa. Um conto de além mar. Gosto do sotaque lusitano, mas não consegui achar muito gosto na sua narrativa. Claro que aqui se trata de questão pessoal minha. Grande abraço e sucesso no desafio.

  10. Claudia Roberta Angst

    Olá, Dr. Aaris, tudo bem?
    A princípio, analiso a adequação (ou não) ao tema proposto pelo desafio: enredo que transite entre as perspectivas de dois ou mais personagens. E o seu texto cumpriu a regra trazendo perspectitiva de 12 signos.
    – Não apontarei qualquer deslize de revisão, visto que o texto tem um evidente sotaque lusitano. Portanto, não se trata de erro, mas diferença de acentuação e grafia.
    Também sou de Áries e tenho sempre pressa. Fiquei com vontade de ir pulando umas linhas só para chegar ao final, mas não o fiz. De alguma forma, senti que o conto ganharia maior impacto se fosse mais enxuto. Até mesmo os signos mais introspectivos se estenderam em explicações sobre o tema abordado. O final não me pareceu tão essencial à compreensão do enredo, mas talvez o(a) autor(a) tenha sentido necessidade de encerrar a sessão de terapia a contento.
    Um texto bem escrito, com criatividade e personagens bem estruturados.
    Parabéns pela participação no desafio e boa sorte!

  11. BRUNO HENRIQUE DA CUNHA

    Mescla bem o alegórico, os recursos de um roteiro minimalista para audiovisual e, é claro, o zodíaco. Definitivamente uma metalinguagem para ser mais experienciada do que entendida. Para todos os efeitos, o texto é uniforme e encorpado.
    Nota: 7,5

  12. Uma conversa imaginária entre os signos sobre o sentido da vida, em forma de jogral. Cada signo fala na sua vez, mas o ponto de vista é um só, de um narrador onisciente, dr Aaris. Na minha opinião, não está dentro do tema.
    É um conto que se torna mais interessante para quem conhece astrologia e reconhece os símbolos. Quem estuda seriamente o assunto, sabe que o percurso através dos signos é um caminho de evolução, mais do que uma questão de estereótipos. Tudo começa com a individualidade de Áries, passa pela materialidade de Touro, até chegar na espiritualidade superior de Peixes. Porém, gostei do humor na identificação de cada um.
    Parabéns e boa sorte no desafio.

  13. Anna Carolina Gomes Toledo

    Não consegui acompanhar os diálogos muito bem por não reconhecer os símbolos ou os esteriótipos associados ( também não me esforcei para isso e nesse caso é uma responsabilidade minha e não dá obra). Gosto da ideia criativa de muitas perspectivas falando do mesmo assunto e facilmente consigo iamginá-los como em um palco em improvisos. Talvez as descrições (que funcionam como um narrador onisciente) poderiam ajudar mais o leitor fora do nicho a se absorver pela história, mas no geral conseguiu passar a mensagem pretendida sobre a discussão sobre a vida e a discussão sobre a discussão sobre a vida.

  14. Ana Luísa Manfrin Teixeira

    Bem escrito e bem rebuscado!
    A ideia não me apetece muito por conta de não gostar muito do tema e dos esteriótipos criados em volta do mesmo, mas isso é uma questão meramente pessoal. O conto em si está de acordo com o que foi proposto e escrito de maneira primorosa!

  15. Antonius Poppelaars

    O conto parece com uma peça pelo uso de rubricas. O conto me lembra da peça “Esperando Godot” de Beckett pela alienação e a busca pelo sentido da vida. Conto muito original e interessante!

  16. Gostei demais do texto, primeiro como louca dos signos e pisciana, mas, também, como leitora, penso que o criador do conto entende muito do tema por interpretar tão bem os estereótipos.
    Tenho mercúrio em áries e também não gosto de delongas, vou dizer, por cima, que tem alguns errinhos de concordância, deve ser a coisa do corre ariano mesmo – que eu, felizmente, freio um pouco com o asc em virgem, rs).
    De repente, eu marco mesmo uma consulta, quem sabe, por hora, dou um nove e meio, esse é meu texto preferido até aqui, abs!

  17. Interessante processo de “personificação” de conceitos abstratos numa trama experimental e bem estruturada. Lembrou-me de coisas como Buñuel onde personagens espúrios são forçados a interagir e nossas reflexões partem daí. A quebra narrativa do parágrafo final me pareceu “sobrando,” acho que me impactaria melhor ser deixado com a cena em execução, apenas com as interações entre eles.
    Nota: 6.5

  18. antonio stegues batista

    Um conto surreal, experimental. Evidentemente, os símbolos são do Zodíaco, Peixes, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes. Eles se manifestam de acordo com a Tábua Periódica dos signos do horóscopo. Estão ensaiando uma peça satírica, onde fazem o questionamento filosófico acerca do propósito e significado da existência humana para a plateia. A pergunta é irônica e serve para embaralhar as ideias, ridiculariza a crença das pessoas que acredita que os planetas governam suas vidas. Para recuperar a sanidade, as pessoas devem consultar o dr. Aaris, psicanalista que vai curar seus neurônios com o método terapêutico criado pelo doutor Sigmund Freud. Gostei do conto.

  19. Diálogo entre os vários signos do zodíaco, identificados pelos seus símbolos. Assim temos, em ordem:

    1. Áries
    2. Touro
    3. Gêmeos
    4. Câncer
    5. Leão
    6. Virgem
    7. Libra
    8. Escorpião
    9. Sagitário (o meu)
    10. Capricórnio
    11. Aquário
    12. Peixes

    A ordem das falas é rigorosamente a mesma do zodíaco.

    Gostei do meu! Escorrego em cascas de bananas imaginárias, Gosto de Viajar, e contar piadas. Deu certinho.

    Após cada signo falar duas vezes, o astrólogo faz uma intervenção. Dr. Aaris? Kkkk.

    Ou seja, são 13 pontos de vista sobre a vida. Tema plenamente cumprido.

    Gostei dessa brincadeira de horóscopo. O conto está muito bem escrito, em português de Portugal. Particularmente achei meu signo o melhor descrito. Mas cada um procure o seu no conto.

  20. Muito bom. Parabéns pelo trabalho aqui, requer uma pesquisa e de conhecer os estereótipos para fazer boas caricaturas.
    Parece uma conversa de consciência coletiva. Psicogênese aqui, senhores.
    O fato de que parece uma mensagem de uma astróloga é um dos pontos altos que dá originalidade ao texto.
    Há muitos temas que as pessoas acham que não podem inovar ou se prendem ao mais comum (e chato) no mundo dos clichês, e que bom que isso não acontece aqui.
    Nesse espaço de consciências projetadas há ideias e conversas muito boas e a própria composição é texto.
    É um texto do consciente coletivo ou mera mensagem de marketing? O contraste entre um e outro torna a coisa ainda melhor. Boa sorte com esse tanto de olhares cruzados.

  21. Bem reflexivo. Por que sempre querem que a vida tenha sentido? E a direção onde fica? Andemos em direção ao desconhecido esperando achar projeções. Será que devo marcar uma consulta? Certamente preciso de ajuda para algo …..
    Nota: 9

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