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Narradores Inanimados │ Resultado

Olá, pessoas!

Eis que chegamos ao fim de um animadíssimo desafio, com muita interação nos comentários e no nosso grupinho no WhatsApp (clica aí e vem com a gente)!

Tivemos quinze seres cheios de vida que chegaram ao final do desafio.

Infelizmente, outros quatro desanimaram pelo caminho.

Vamos à revelação das autorias (em vermelho, os autores eliminados):

Curiosidade autoral saciada, hora de conhecermos nosso pódio. 🙂


Em terceiro lugar, alcançando 9,00 de média, o angustiante Vivo, de Rangel Luiz dos Santos.

O desespero e o pânico o fizeram se revirar, se debater, esmurrar, arranhar… Em vão. Ele havia sido plantado em meu ventre de mogno para geminar uma morte eterna. Eu jamais o devolveria. Impossível. Alheio aos meus sentimentos, Augusto intensificava os golpes com as mãos, com os pés, com os cotovelos e os antebraços. Bobagem. Eu não cederia. Essa era a sua sina, e o meu dever era o agasalhá-lo do frio mundo dos vivos.


Faturando a medalha de prata, com 9,25 de média, o lírico O berço, do nosso lusitano colega Jorge Santos. Tá cheio de Santos aqui nesse pódio.


Fui lacada de branco e colocada na montra de uma loja da cidade. Sentia outras como eu na mesma loja, transformadas em móveis de todas as formas e feitios. Inconformadas com a sua sorte, e, tal como eu, incapazes de resistir ao destino. Seria o homem capaz de alterar o nosso fado se soubesse como nos sentíamos? Não somos criaturas insensíveis como eles. Somos madeira, somos vida. Sofremos como eles, mas não tentamos mudar o mundo. Somos vida e damos vida. 


Acelerando para o primeiro lugar, alcançando nada menos do que 9,29 de média, temos o memorialístico A história de um carro, do campeão Felipe Lomar, que levará para casa um exemplar de Bonina, cortesia do autor, Fernando Dias Cyrino.

Com o tempo e o aumento dos quilômetros rodados, os problemas aparecem. A empresa de Jarbas começou a ser investigada pela Polícia Federal. Era preciso ter discrição e os lucros já não eram mais os mesmos. Certo dia, Jarbas e outro funcionário encheram meu porta-malas com caixas cheias de papéis, que viraram uma grande fogueira em um terreno baldio. Em casa, o cinto que acertava os filhos passou a acertar também Marília, que afogava as mágoas no uísque. As viagens espirituais de Laurinha aumentaram em quantidade e diversidade de substâncias, até que estas foram substituídas por um pó branco. Além de João, outros homens e mulheres eram convidadas por ela para conhecer meu banco de trás, algumas vezes mais de um por vez.


Abaixo, a tabela geral de classificação. Lembrando que, conforme o regulamento, foram desconsideradas a maior e a menor nota atribuídas a cada conto.

Agradecemos a todos os que completaram o desafio. Sem vocês, este espaço não existiria.

Nos vemos em breve.

🙂

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