
Aquela folha morta ao sol │ Maria Fernanda Borges
Estou na terra, próximo às raízes da Árvore. Uma garotinha passa correndo e quase pisa em mim. Chega a ser cômico, mesmo alguém tão pequeno agora pode me aniquilar. Mas isso não me assusta. Não tem muito restando para ser aniquilado, de qualquer forma. Já estou com a terra no pescoço e não preciso nem me jogar para encontrar meu fim.
Meu nome? Prazer, Ressecada, Quebradiça ou Sem Vida. Não me chamei sempre assim, mas agora isso pouco importa. Talvez, além de nomes e rótulos, o que você quer saber mesmo é o que eu sou. Certo, se você insiste… Sou uma pequena folha de árvore. Uma simples folha, é verdade, mas que tem um propósito. Posso até ser banal, mas inútil não. Inútil jamais.
Pelo menos até ontem.
Vento já era meu conhecido e eu não o temia. Já havia me balançado inúmeras vezes; eu sabia os passos daquela dança decor. Mas não contava com sua força naquela noite. Nem tive tempo de me despedir das minhas companheiras de galho. De um instante para o outro, elas se tornaram estranhas para mim. Não me reconheciam e eu tampouco a elas. Quando me dei conta, estava rodopiando rumo ao sempre tão distante solo frio: meu novo lar. Mas, meu Deus! Não era sequer outono! A Árvore não precisaria poupar energia! Por que, então, caí? Eu exigia tanta energia assim? E por que só eu caí? O que eu fiz de errado?
Como você deve imaginar, nunca soube a resposta. Enfim, o que aconteceu foi que eu caí. Pode-se achar que porque sou de peso desprezível não houve impacto. Falso. Ele só não foi maior porque, enquanto descia, sentia minha vida indo embora. Mesmo sem conseguir me enxergar, sabia que estava cada vez menos verde; a clorofila se esvaindo sem esperar meu último suspiro. Ao chegar, enfim, ao solo, estava de alguma forma resignada. Não em paz, mas conformada. Talvez devesse me contentar em fazer parte da terra como adubo.
Estaria mentindo se dissesse que não fiquei ressentida das folhas que tinham ficado. O que elas tinham que eu não tinha? Senti-me um nada. Não consegui acompanhar o ritmo da dança e fiquei para trás. Fui fraca, pequena. Uma dançarina medíocre que não fez falta naquela coreografia. O que eu poderia ter feito para poder continuar lá?
“Nada” provavelmente é a resposta. Mas tudo bem, porque, como todo mundo sabe, ninguém presta atenção nas folhas mesmo. Não somos como as pétalas, apreciadas e acariciadas, colocadas em buquês. Muito menos como as raízes, tímidas, mas indispensáveis para a vida de qualquer planta. Não, a folha é nada mais nada menos do que uma mera extensão dos galhos que, por sua vez, são uma extensão do tronco. Há quem se importe com a folha que cai prematuramente? É claro que não, contanto que a Árvore esteja de pé. E nós queremos que ela esteja de pé, porque fazemos parte dela. Pertencemos a ela. Eu pertenço a ela.
Pertencia.
Agora, se me olham, não me veem. E como não me veem, em mim podem pisar. Não os culpo, eu também não consigo me enxergar daqui. O que vejo são as folhas que ficaram, balançando vigorosas ao som do Vento. Ouço suas risadas e me sinto patética. Já esqueceram de mim. “Eu fui só mais uma”. Sinto algo dentro de mim corroer como uma chaga. Agora sou só mais uma folha em decomposição, deixada no solo numa tarde de céu limpo e calor escaldante. O que é irônico, já que uma folha morta não tem por que estar ao sol.
Adequação ao tema: Está adequada. Uma folha narra o texto.
Enredo: Aqui eu critico. Não vi enredo, vi ensaio, um exercício de reflexão de uma folha quanto à sua atual posição em relação às suas colegas e ao seu futuro. Entretanto, não vi uma história propriamente dita, algum conflito ou “mobilidade”, “transição” das circunstâncias atuais da personagem à outra. Ainda que se tenha textos em que o personagem termina onde começou, aqui eu não vi uma trajetória descrita, linear ou cíclica. Apenas a reflexão.
Escrita: Introspectiva e, nesse intuito, bem realizada, como um diálogo que a folha executa consigo mesma.
Impacto: Infelizmente, não houve, pois o texto não tem essa intenção. É inanimado como se propõe o desafio, mas não como deveria ser um conto.
Obrigado pelo comentário. Poxa! Que pena que teve essa impressão! Por que um conto não pode se dar por meio das lembranças do já acontecido? Há movimento, sim. Ele é interno? É. Mas há a transição do galho para o solo, ela sai de um contexto e vai para outro, e isso gera consequências no diálogo interno da personagem. Não entendi muito bem sua crítica, mas agradeço por colocá-la.
Olá,
Aproveitamento do tema:
Adequado. Uma folha que caiu da árvore refletindo sobre sua vida
Enredo:
Simples. É muito focado nos ressentimentos da folha, afinal a premissa é bem simples, apenas uma folha caindo da árvore e ficando no chão.
Escrita:
Simples, reflexiva, nada de especial
Impacto:
Não é um texto com muito impacto, é meio repetitivo com as ideias. Poderia ser melhor trabalhado.
Boa sorte!
Obrigado pelo comentário. A intenção do texto é de ser simples 😉
Olá, Trevo de três folhas, tudo bem?
Há uma pegadinha no seu nome porque trevo não dá em árvore! Mas a folha caída não tirou a sorte grande, então seu pseudônimo só se torna mais significativo num prenúncio do que a nossa folha passará. Mas se te serve de alento, aqui onde moro as folhas caídas são as mais celebradas pelas crianças, que vêem nelas a possibilidade de fazer arte!
Aproveitamento do tema: Uma folha que cai. Como qualquer boa criança dos anos 90, começo a cantar Sandy e Júnior… Mas confessar isso em comentários não me torna culta, então vamos esquecer que escrevi isso…
Enredo: É simples e eu gosto de simplicidade.
Escrita: Eu gostei da sua escrita e, principalmente, de como você extendeu um enredo simples sem torná-lo entediante, pelo contrário. Sinto um certo humor no seu conto e algumas sacadas como “já estou com a terra no pescoço” são geniais!
Impacto: Parabéns o seu conto é muito bom.
Obrigado pelo comentário. Também gostava das folhas caídas, picotava-as e jogava pro alto como confete. Amei suas impressões! Você é um amor <3
Olá, Trevo ! Tudo bem?
Interessante seu pseudônimo.. geralmente trevos são de três folhas mesmo, os de quatro folhas são a excessão, por isso a menção ao número de folhas … Achei legal o reforço que era um trevo normal, de três folhas 😁
Aproveitamento do tema:
Sim, muito bem aproveitado! Uma folhinha bem rancorosa.
Enredo:
Bem simples, mas mesmo assim traz reflexões que podem ser transferidas para os sentimentos dos seres humanos também.
Escrita:
Simples, direta, sem rodeios. Eficiente.
Impacto:
Gostei do conto! A folhinha tem uma personalidade forte e rancorosa, não se conforma com seu fim… Como já disse, dá facilmente para trocar a folha por uma pessoa que se sente injustiçada, mesmo sem conseguir culpar exatamente alguém… Achei interessante.
Total:
Parabéns pela participação e boa sorte no desafio!
Obrigado pelo comentário!
Olá Trevo!
Aproveitamento do tema:
Este conto narra a história de uma folha que cai de uma árvore antes do tempo. A folha é um ser inanimado. A menos que o vento pegue nela e a faça voar. Nesse caso já deixa de ser inanimado… Em qualquer dos casos, podemos dizer que a adequação é grande.
Enredo:
O arco da narrativa é simples: a folha cai. Há um conjunto de pensamentos poéticos associados. O sentido é interessante: nada há de mais inútil do que uma folha isolada. Faltou apenas dizer que, tal como o mar não passa de uma multidão de gotas de água, também as árvores dependem das suas folhas, pelo que cada folha é importante.
No entanto, creio que o sentido poético do conto se perdeu no exagero das considerações onde fica por explicar a frase “Pelo menos até ontem”. Acreditei que o final tivesse alguma surpresa, alguma diferença no ciclo de vida da folha, mas não, decompôs-se e vai fertilizar o solo. Como todas as outras folhas das árvores de folha caduca. Parece que o autor ou autora tinham uma ideia diferente para o desfecho. Algo que tornasse a folha única.
Escrita:
Achei a escrita simples e sem erros. O autor ou autora não quis arriscar e fez um texto correto. O problema é que nós queremos ir mais longe.
Impacto:
O ciclo de vida de uma folha é algo banal e pouco impactante. O texto poderia ter tido mais impacto se esta folha assistisse a algo diferente. Poderia ser a folha que uma menina apanhou para colar no trabalho da escola e onde ficaria em exposição. Por exemplo.
Ou poderia ser uma folha de tabaco do primeiro charuto de Fidel Castro. Ou…
Obrigado pelo comentário. Discordo que não quis arriscar; esse texto teve muita atenção e intenção depositados a ele. “O ciclo de vida de uma folha é algo banal e pouco impactante”, justamente por isso! O conto intenciona a subversão dessa percepção de banalidade, de “pouco impacto”, ao apresentar as reflexões da folha-personagem sobre sua prematura queda — ou pelo menos esse foi o efeito que tentei criar. “Parece que o autor ou autora tinham uma ideia diferente para o desfecho. Algo que tornasse a folha única”, sem explicar demais, apenas digo que não, não tinha uma ideia diferente e a banalidade da personagem é um ponto-chave da estória.
Novamente, agradeço por apresentar suas críticas e seu ponto de vista 🙂
Olá, Trevo!
Aproveitamento do tema: A ideia de contar o relato da folha apenas após cair da árvore me pareceu uma escolha acertada. Dá para se imaginar a árvore como um ser vivo pelo seu lado orgânico, mas definitivamente a folha é um narrador inanimado quando se pensa nela como uma parte desse ser vivo.
Enredo: Consegui sentir empatia e meio que me reconhecer na história de perder contatos e ser deixada para trás. Para mim, é exatamente isso que espero encontrar numa história com um narrador inanimado. O recorte dos eventos foi certeiro em cobrir o que seria a “vida” da folha e não extrapolou em relação ao tamanho ou o tempo (poderia ficar melodramático, mas não ficou).
Escrita: Não senti nenhuma repetição incômoda de expressões, nem erros gramaticais. A escolha do tom lírico combinou com a proposta e ajudou a construir o tom da história.
Impacto: Foi emocionante. Talvez o evento em si não seja memorável, mas a forma com que foi contada foi agradável e “suficiente” para impactar na hora, ainda que eu não vá me lembrar dela depois.
Obrigado pelo comentário! Sim, perder contatos, amigos é realmente um tema universal. Acho que você foi a primeira a “pescar” essa interpretação haha. Mesmo que não vá se lembrar depois, fico feliz que pelo menos o conto pode gerar um bom impacto em você. Isso já me deixa (extremamente) contente como autor e participante estreante aqui no Lume 🙂
Olá, Trevo de três folhas, tudo bem?
Aproveitamento do tema = O conto abordou o tema exigido pelo desafio. Uma folha narra sua decadência.
Enredo = o enredo é mais um desabafo, como se fosse um diário ou um bilhete de adeus. Simples, mas com carga emotiva. Senti um tom de história infantil, talvez pela leveza, mesmo que a experiência tenha sido triste.
Escrita = Só encontrei o lapso do “decor”, o correto é de cor. Cá entre nós, também tenho vontade de escrever tudo junto, mas aí me lembro do significado que é ” saber de coração”. A escrita é bem trabalhada, sem exageros ou entraves que possam atrapalhar a fluidez da leitura.
Impacto = Uma leitura agradável, com um toque de melancolia, mas sem descambar para o melodrama. Não trouxe surpresas, mas ao final do texto, nós, os leitores, somos convidados à reflexão – qual a importância da nossa existência? Somos raízes, caules, flores? Ou folhas fadadas a perder o sentimento de pertencimento?
Boa sorte!
Obrigado pelo comentário! Fico feliz que o texto tenha tido um bom impacto em você.
Aproveitamento do tema
Total. Uma folha caída conta o que sente por não fazer mais parte da árvore.
Enredo
Bastante simples. Uma folha cai e se sente injustiçada e alijada.
Escrita
Correta, bonita e poética.
Impacto
A história, em si, é bem simples, sem maiores desenvolvimentos. O que chama atenção e acaba por causar um certo impacto são os questionamentos filosóficos embutidos na narrativa. A finitude e a decadência atingem a todos, mais cedo ou mais tarde. Por que, então, essa sensação de injustiça, esse questionamento do “por que só eu caí? O que eu fiz de errado?” Achei muito humano e real.
Obrigado pelo comentário! Fico feliz que o conto tenha gerado um impacto em você.
Olá, trevo!
Aproveitamento do tema:
Total, a voz que narra é a folha que caiu da árvore
Enredo:
É um enredo bem simples e bastante poético o da trajetória da folha. No entanto, gostaria mais desse fluxo de pensamento dela, a linguagem que você colocou aqui é bastante poética e teria seria sido interessante ouvir mais sobre ela.
Escrita:
A escrita está muito boa. Não encontrei nenhum erro de revisão. Há um tom de poético na escrita que me agradou bastante também.
Impacto:
Senti falta de um impacto maior no seu conto, algo que criasse um clímax na história. Os levantamentos filosóficos me cativaram bastante, bem como a linguagem poética. Mas tenho a sensação que o conto foi muito curto, como se tivesse faltando algo a ser escrito. Ainda assim, gostei muito da maneira como você escreveu e acho que você tem muito potencial! 🙂
Parabéns e boa sorte!
Obrigado pelo comentário <3
Buenas, Trevo!
Que folhinha ressentida, hein.
APROVEITAMENTO DO TEMA: Forte. É uma folha. Parte de um ser vivo. E ainda é protagonista de sua história. Mas vou admitir que apenas do fato de sair do escopo do objeto já ganha pontos comigo!
ENREDO: Rancoroso. Adorei a abordagem do conflito. Estamos acostumados a encontrar cenas deste naipe com tons mais poéticos e sensíveis (tanto que teve gente reclamando que não seguiu por este caminho, hehe), mas, aqui, escolheu abordar tudo de forma pessimista. A folha realmente não aceita aquele fim abrupto. Ressente-se, choraminga, fingi aceitar seu destino. A história coube no texto pequeno, então, pra mim, foi tudo na medida certa.
ESCRITA: Boa. Gostei do equilíbrio da narrativa, mantendo o tom pessimista, até melancólica, sem tropeços. A leitura fluiu naturalmente, também. Acho que um pouco de poesia, seguindo a linha pessimista, seria interessante. Admito que senti falta disso. Mas, pra manter o tom ressentido, nem tanto. Só um pouquinho…
IMPACTO: Mais ou menos. Quase forte. Mesmo gostando do tom e da abordagem, acho que faltou alguma coisa. Agora, não me pergunte o quê, HAHAHAHA. Estou tentando entender porque o conto não me impactou tanto.
Boa sorte no desafio!
Olá, Fábio!
Obrigado pelo comentário. Poxa! Que pena que o conto não te impactou tanto. Mas acontece rs. Fico feliz que tenha gostado da fluidez do texto e do modo que abordei a temática! Agradeço as críticas e sugestões.
Aproveitamento do tema: bem aproveitado. Mais uma homenagem à natureza.
Enredo: achei simples, monólogo de uma folha de árvore que cai do galho e nessa queda questiona sua existência e se magoa por não ser uma pétala de flor num buquê, símbolo do romantismo, tão raro hoje em dia.
Escrita; boa com pequenos erros já apontados.
Impacto: lembrei-me de uma frase de Fernando Pessoa; às vezes ouço passar o vento e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.
Olá, Antonio!
Obrigado pelo comentário. Não conhecia essa frase! Fico feliz que minha breve história tenha te lembrado uma frase tão bonita.
Olá, Trevo. Tudo bem?
APROVEITAMENTO DO TEMA: adequado. Uma folhinha reflete sobre sua queda da árvore e sua “morte”…
ENREDO: outro texto que se pode considerar uma prosa poética. Houve bons exemplares desse tipo neste desafio. Este talvez seja o mais alegórico, metafórico. Gosto disso. Mas acaba que essa simplicidade e leveza fica meio escondida em meio a outras propostas mais audaciosas e tramas mais elaboradas.
ESCRITA: a voz é poética, singela, bonita. Há algumas correções que precisam ser feitas e uma nova revisão limparia os pouquíssimos erros. Cito, como exemplo, a grafia errada da expressão “de cor”.
IMPACTO: Texto leve, gostoso de ler, reflexivo, alegórico, mas de impacto um tanto efêmero. O texto, em si, é bom. Diante de outras obras já lidas neste certame, fica um pouco ofuscado.
Boa sorte por aqui e um grande abraço!!
Olá, Misael!
Obrigado pelo comentário. Sim, o texto tem essa pegada mais metafórica e, juntamente com o fato de ser breve, acaba tendo o efeito efêmero. No entanto, esse efeito era o que eu pretendia. Afinal, a folha percebe-se apenas mais uma em tantas outras que assim como ela um dia cairão no esquecimento. Quanto à grafia correta de “de cor”, eu pesquisei e você tem razão. Só fiquei na dúvida, já que se trata um estrangeirismo, se a grafia correta não seria arbitrária, tal como é em “shampoo” e “xampu” — em alguns lugares vi até escrito “décor”. Enfim, agradeço, novamente, suas críticas e observações. Meu texto pode ter sido só uma folhinha em meio aos outros mais bem trabalhados, de autores com certeza mais experientes e vividos, mas fico feliz de ter podido participar neste meu primeiro CCL e, com sorte, crescer com essa experiência!
Olá Trevo! Tudo bem?
Aproveitamento do tema:
Total! Uma folha que nos conta sua trajetória em direção à inevitável morte.
Enredo:
Achei a ideia da história muito bonita, mas poderia ter sido tratada com mais poesia e delicadeza.
Escrita:
Encontrei alguns erros de revisão (muito provavelmente) e não me senti 100% convencida de que quem narrava era uma folha.
Impacto:
Médio. Em linhas gerais é um conto muito bom, com uma ideia bem boa por trás, mas que poderia ter sido melhor explorado. Tem bastante potencial.
Parabéns pela participação e boa sorte!
Olá, Ana Luísa!
Obrigado pelo comentário. Se possível, gostaria de saber o que quis dizer com tratar com mais poesia e delicadeza. Quanto aos erros de revisão, estou na dúvida, quais seriam? Críticas construtivas são sempre bem-vindas.
Olá, Trevo de três folhas!
Aproveitamento do tema: Adequado. Uma folha que remói o episódio mais traumático de sua existência.
Enredo: A premissa é inteligente. A trama aborda um tema universal: a rejeição, o sentimento de desprezo e a busca por um resposta que, quiçá, nunca chegará. Apesar disso, o desenvolvimento é muito linear, privando o leitor de qualquer surpresa.
Escrita: A escrita é boa.
Impacto: Mediano.
Olá, Gabriel!
Obrigado pelo comentário. Agradeço os elogios e críticas. Não tinha pretensão de criar grandes expectativas dentro do texto, apenas retratar o fluxo de pensamentos internos do narrador. No entanto, talvez não tenha sido executada da melhor forma possível. Quanto à linearidade, de fato, foi uma escolha consciente para dar o efeito que pretendia nessa breve narrativa.
Olá,
Um trevo de três folhas, será que a quarta saiu deixando a sorte pra trás ou já nasceu desafortunada?
Seu texto mostra todo um cuidado na composição desce a escolha do narrador. Vai tudo lindamente bem.
Aproveitamento do tema:
Muito bem aproveitado. A folha-narradora nos traz bem a sensação que resignação e ressentimento.
Enredo:
É tão incrível quem sabe explorar temas tão simples. A gente é menos que uma folha para imensidão do mundo. Pro universo, somos menos que nada.
Você conseguiu trazer bem essa personalidade humanizada da folha.
Escrita:
Equilibrada, revisada e sensível. Gostei dos parágrafos curtos desprendidos dos outros maiories.
Impacto:
Tudo muito bem pensado, revisado e refletido. Há mais impacto na reflexão que no enredo. Em algumas histórias isso é chato, mas aqui é só beleza e filosofia.
Parabéns!
Olá, Rangel!
Obrigado pelo comentário. Fico feliz que meu texto tenha tido um impacto positivo em você!