
— Até amanhã! — Gisele apagava o quadro.
— Tchau, professora! — as crianças saíam da sala.
Essa sempre foi sua rotina, nada novo, nada diferente, nada excitante. Seria esse o momento da aposentadoria? Poder viajar para o desconhecido, atravessar os oceanos na busca daquele sopro de vida que nos permite continuar nessa árdua jornada de viver, fadados ao fracasso, presos ao trabalho, cansados de estarmos… em casa. Gisele, como uma engrenagem governamental exemplar, foi para casa. Estava exausta. Ensinar português nunca esteve em seus planos. Porém, agora sua vida se resumia à sala de aula, e por muitos anos abdicava seu tempo para ensinar os alunos.
A janta estava pronta. Gisele chamou o irmão no laboratório subterrâneo. Não sei que laboratório é esse, já estava ali quando compraram a casa, mas era o principal divertimento de Pedro.
— Fez algo produtivo hoje? — perguntou Gisele.
— Estou misturando duas substâncias, mas ainda não identifiquei a reação.
— Você não muda de assunto? Toda hora é essa droga de laboratório.
— Gi, você precisa entender o meu propósito. É maior que eu.
— Termina essa janta que eu preciso descansar. Vou pro meu quarto preparar aula .
— Eu não faria isso.
— O que aconteceu dessa vez?
— Eu derramei um pó radioativo. Na verdade, o laboratório está mais seguro que o seu quarto.
Gisele, sem esboçar um sorriso, saiu da cozinha e foi direto para o laboratório. Pedro a seguiu. Ela abriu a porta e ficou próxima à mesa. Ao abrir um livro de historinhas, ela, acidentalmente, esbarra no frasco com um líquido e derrama todo o conteúdo na mesa. Rapidamente, um portal é aberto e suga tudo que está em volta, levando Gisele e Pedro para outra dimensão.
— Que foi isso? — reclamou ela.
— Estudei sobre medos e fiz uma receita para curar esses pensamentos. Vi você derramando, mas não sei o que houve — respondeu Pedro.
— Até aqui você me persegue.
— Claro, estava perto de você. Também fui sugado.
— Como vamos sair?
— Temos que achar o portal pra voltar.
Os dois caminharam pela cidade. Letras gigantes os atravessam, arranha-céus altíssimos iam além das nuvens, aliens passavam sem qualquer preocupação, abduzindo as letras ao seu redor.
— Que tanto de letras são essas? Estão lendo os seus medos?
— Acredito que sim — disse Gisele.
— E qual o seu medo?
— É uma coisa de infância.
Os dois se esquivam dos lasers e se escondem atrás de um carro que começa a voar, deixando-os expostos.
— Droga — disse Pedro.
— Nãofalepalavrão.
— Ei! Você tá juntando palavras.
— Eupercebi.
— Temos que sair daqui.
Eles correram e, entre naves espaciais e letras gigantes, tropeçaram no “S”.
— Olha só o que vemos aqui. Dois novos invasores em nosso planeta.
— Elefalaportuguês!!
O “S” começou a se multiplicar, suas gosmas passaram a gerar novas letras e, em segundos, uma batalhão de “S” carregou os irmãos para a nuvem de palavras.
— Essas letras são coisa da sua cabeça de professora. Fala qual o seu medo para sairmos daqui.
Ela ficou quieta.
Eles foram transportados e acorrentados no calabouço do castelo, onde ocorria uma sessão de tortura, estavam serrando o “T” para transformá-lo em “F”.
— Socorro!Nãoolha!
— É o seu medo? Fala o que é.
— Utemcílio.
Pedro olhou para frente.
— Os cílios do “U” são gigantes, vão matar a gente. Irmã, você é forte. “U” com cílios não vai acabar com nós.
— Vocêmechamoudeirmã? — Gisele nunca tinha ouvido Pedro chamá-la assim.
— Sim. Você é minha irmã e sempre tive orgulho de você e do quanto você se dedica aos seus alunos.
Os dois, ainda acorrentados, se abraçaram.
— Enfrente teu medo. Seje menas medrosa.
— Seje?Menas? — Gisele explodiu de raiva, não aguentava mais o irmão errando o português em casa.
De uma vez, ela saiu das correntes, pegou uma pedra e jogou. Errou, mas chamou a atenção da letra, que veio correndo na direção dela. Na segunda tentativa, ela pegou outra pedra e acertou nos olhos, matando-o. Rapidamente, ela sobe na letra e arranca os cílios.
— Que medo besta! — falou Pedro, agora liberto.
— Meutiocolocavacílionou.Morriademedodaimagem.
Um portal aparece e eles conseguem voltar. Gisele estava muito feliz pela proximidade do irmão e conseguir algo excitante na sua rotina monótona. Os dois saem do laboratório e ela fecha a porta, deixando umas gotas tóxicas caindo em um pedaço gigante de cílio.
Tema: Ficção Científica
WTF man!! Um conto que erra o tema e que fala de um erro ortográfico. Que absurdo! Enfim…
Boa sorte!
Um texto infanto-juvenil que é bem criativo na ambientação em que se passa a história, mas que carece de uma elaboração maior na estruturação e na própria forma como as palavras são escritas. No tocante à forma, algumas informações são inseridas de forma demasiadamente conveniente, quase cruas – o que aparece na introdução, em que se lê algo do tipo “esta é fulana, ela faz isso e está frustrada”, algo que poderia ter sido transmitido de forma mais sutil. Sobre a estrutura, a maneira como são passados de uma situação a outra é muito abrupta, ponto que é mais compreensível pela falta de espaço no desafio. Enfim, o desenvolvimento da relação entre os protagonistas é cativante e o tema foi abordado com sucesso.
Olá, TF! Bom, o que dizer dessa viagem lisérgicogramatical? (já q é pra escrever tudo junto) Uma viagem mesmo. Bem original. vc estava puro/pura qdo escreveu? 🙂 A personagem se chamar Gisele é uma homenagem a uma integrante do grupo? 🙂 Atenção para a mistura de tempos verbais o conto (passado e presente). “Droga” não é palavrão. E fiquei um pouco confuso com a relação desses dois irmãos adultos (que moram juntos?). A relação deles parece meio infantilizada. Acho que poderiam ser crianças, e não adultos. Vc trouxe a ficção científica pro humor, e isso foi legal.
O conto narra a história da professora Gisele e do irmão, um cientista maluco, que vão para uma outra dimensão, onde as letras são animadas. O enredo precisa ser melhorado, as coisas acontecem muito rapidamente, o que deixa o conto um tanto nonsense. As personagens são relativamente bem trabalhados, mas poderia ser melhor. achei a história bobinha, não me impactando o suficiente. Boa sorte no desafio.
Como autora do fatídico erro “utencílio”, sinto um misto de constrangimento e satisfação de ver a situação se tornar uma história. A situação que tentei apagar com um corretivo agora está emoldurada em neon. Enfim, talvez seja carma.
Gostei do humor e de como ele é conduzido nessa bagunça. Adoro coisas que abraçam o absurdo e parecem ter saído de um clipe da Katy perry. O final foi meio abrupto, mas creio que faz parte de contos desse tamanho terminar assim, foi até um dos melhores entre os que escolheram arrochar o desfecho.
Olá, TF! Tudo bem?
Cara, que viagem! Não vou discutir se é FC ou não, embora, pra mim, pareça mais fantasia mesmo. De qualquer forma o conto é legal, divertido, brinca com o desafio anterior. Tem uma pegada existência também. É um conto despretensioso, leve e gostoso de ler!
Boa sorte no desafio e até mais!
Olá. Gostei do ambiente do seu conto, supostamente de ficção científica, mas que é, a meu entender, mais na área do fantástico do que propriamente da ficção científica. O texto é desenvolvido com imaginação, o conceito é a chave de um bom conto e este é um exemplo disso. Parece o maior pesadelo de um amante da língua, o de ficar preso no chat de um adolescente… ☺ Isso ainda é pior do que ter de ouvir as suas músicas. Enfim… gostei do conto, só não consigo enquadrá-lo completamente no tema.
ei, T. F. puxa, cá estou eu ainda contaminado pela radiação que fez com que o quarto da Gisele se tornasse mais perigoso do que o laboratório subterrâneo. Bem, ficção científica na veia. Um enredo bem louco, bastante absurdo mesmo. Uma viagem literal na maionese, como se dizia há alguns anos. Teve uma hora que a narrativa mudou de pessoa e isto me deixou meio confuso. Será que foi proposital? Se o foi eu te diria que não funcionou comigo, sabe? Um experimento bacana você fez, mas confesso que esperava mais. Achei, por exemplo, que faltou densidade aos dois personagens… Olha, T.F. os erros propositais de português ficaram legais, bem como o achado do utemcílio. Ao me deparar com o texto fiquei meio encucado com o erro tão absurdo e gostei dele até porque na nova dimensão a nossa heroína juntava as letras. Bem, T.F. Parabéns pela sua história, tá? Te desejo sucesso.
Oi T.F!
Tudo bem?
O texto de uma maneira geral está bem escrito e eu simpatizo muito com a ideia de enredos completamente pirados e sem noção, mas não acho que se enquadre 100% no tema proposto. Notei que, em alguns momentos a narração passa de terceira para primeira pessoa subitamente além do que os personagens são muito rasos, nota-se por meio dos diálogos que têm um com o outro.
A história é bem original, super criativa, mas há espaço para melhorias.
Parabéns pelo texto e boa sorte!
Buenas, T. F.!
Eu gostei. O tom descompromissado conduz a leitura de forma interessante. Mas queria ter gostado mais do que gostei. Eu amo contos do estilo nonsense, onde o absurdo acontece e não precisa ficar se justificando. Acontece que a narrativa acelerada e pouco detalhada deixou a experiência bem superficial. Fica aquele gostinho de “quero mais” na boca. Acredito que o limite do desafio acabou prejudicando o conto, que pede um pouco mais de desenvolvimento pra realmente funcionar.
É natural que alguns leitores não reconheçam o gênero de FC neste texto, que tem uma pegada forte de New Weird, adotando um tom infanto-juvenil para contar a história. Existe uma vertente da ficção científica que explora o absurdo e muita gente não conhece. Escritores do meio fantásticos passam por isso toda hora. E faz parte do jogo. A Ficção Científica que é popular é sempre mais séria, mais espacial, mais futurista.
Então não se intimide: continue escrevendo o que gosta. Você mostrou uma criatividade enorme com este conto. E estou muito curioso pra saber sua identidade, hehe.
Parabéns pelo texto e participação! Vamos que vamos.
Olá,
Bem, pra ser sincero, achei um conto bobinho. A história é divertida e criativa, daria até uma boa literatura infantojuvenil, com alguns ajustes. Mas o enredo é um pouco confuso e tem pouca profundidade, pode ser melhor lapidado.imagino que com um tamanho maior possa resolver essas questões. A escrita é simples, assim como os dialogos, não empolgam, poderiam ser mais ousada. E ha confusões de tempos verbais em alguns momentos da narração, o que eu acho que não combina com a ideia de uma professora de português com medo dos erros de português. Enfim, apesar de ser meio bolinho, tem potencial, mas precisa ser lapidado.
Boa sorte!
Oi T.F.
Inicialmente, gostaria de dizer que foi uma bela de uma ideia essa do conto. Acho que você brincou de uma maneira interessante a noção da FC, aplicada à linguagem. Brincar com as palavras e com o “erros” de português foi de fato o ponto alto do texto, e me diverti com o toque infanto-juvenil que a história carrega. Agora, acredito que faltou profundidade nas personagens da história e na relação deles (o que é difícil com um espaço tão pequeno pra desenvolver – mas aí está a graça do desafio). Entendi que ao fim da jornada, houve uma aproximação entre a Gisele e o Pedro, mas ela perde a importância por que a gente nunca entendeu bem como é a relação dos dois. Também senti a falta de impacto dos eventos que ocorrem com as personagens, é como se seguissem um roteiro, sem reagir ao mundo ao redor. Mas no geral curti bem o texto. Boa sorte!
Oi TF,
Concordo com o posicionamento de Rangel e Kelly ao classificar o conto como literatura infanto-juvenil.
Merece uma adaptação para as histórias em quadrinhos, com o personagem da turma da Mônica que era conhecido como Louco (depois pesquise se tiver interesse).
Nada mais plausível para uma professora ter como medo um trauma de infância relacionado com a própria língua portuguesa! Achei genial e divertido!
Sucesso com o seu conto!
Olá, T.F,
Puxa que história! Ela me pareceu um pouco aqueles desenhos animados que se popularizaram no anos 2000. Ousadíssimo.
Mas me causou estranhamento o começo do texto com o restante. O início parece querer introduzir uma personagem muito regular. Reforça duas vezes a rotina monótona da moça, como professora, funcionário pública, tarefas de casa, mas, de repente, XABLAU!!! É tudo outro universo, tem outra lógica, outras leis. Nem falo de depois do teletransporte, mas antes mesmo.
Talvez, se lá no comecinho tivesse nos preparado, ficaria mais verossímil. Por exemplo, se a professora desejasse passar as férias em uma das luas de Júpiter ou se um dos alunos se despedisse com o cérebro carregado numa redoma de vidro embaixo do braço.
Agora se realmente ele vive em mundo similar ao nosso e foi transportada para outro, falta nesse caso o elemento do espanto tanto após o teletransporte quanto antes. Ninguém dormiria tranquilamente após saber que a um pó radioativo no quarto.
Não sei se tinha por objetivo fazer um conto alegórico, a professora de Português como metáfora da língua e tal. Mas não consegui compreender.
Aproveitamento do tema:
É uma ficção científica. Está adequado.
Enredo:
Achei confuso. Inverossímil em alguns pontos. Ainda que se quisesse explicar que estavam em um mundo como o nosso e foram transportados para outro, falta elementos para deixar essa transição com sentido. Gisele é levada para outro mundo e diz “Até aqui você me persegue”. O quarto foi encharcado de pó radioativo e ela só decide deitar em outro lugar. Então tudo é muito natural para ela e para o irmão, o que me faz crer que a sala de aula, as burocracias precisariam se adequar a esse universo “maluco”.
Escrita:
Quero começar falando sobre o narrador. Me parece um narrador onisciente na maior parte do texto, por isso fiquei sem entender como ele não sabia que laboratório era aquele?
Mas no geral a escrita está ok. A brincadeira do Utemcilio é divertida. Seria mais interessante se tivesse apostado mais nessa loucura das letras.
Impacto:
Como é um texto muito curtinho, faltou espaço para explorar mais as brincadeiras com as palavras. Em um texto maior poderia o torturador, após amputar o t, transformar “toda” em “foda” e por aí vai. Construir todo o universo em 700 palavras é muito complicado. Mas era o desafio. Achei que tem humor, tem brincadeira, tem personagem carismática, mas faltou deixar as coisas mais críveis, mesmo num universo com as regras subvertidas, precisa-se de lógica.
O conto foi elaborado para atender o tema FC. A narrativa começa ambientada em uma sala de aula, faz um breve relato da rotina nada motivadora de uma professora. Depois, já em casa, nada muda com relação à rotina. A convivência com o irmão bem mais novo e obcecado por experiências científicas é monótona, sempre na mesma toada.
De repente, no laboratório caseiro e por um descuido, alguma poção é derramada e a professora e o irmão são levados para outro mundo. Qualquer coisa parecida como o outro mundo de Coraline. Entram num mundo fantástico, numa confusão de aliens e batalhões de letras que atravessam os céus. Enfim, o autor usou e abusou da criatividade e da imaginação.
Interessante observar a irritação peculiar da professora de língua portuguesa com as palavras erradas ditas pelo irmão. E também interessante é o recurso de palavras unidas, grafadas, utilizado pelo autor. Entendo essa junção de palavras como expressão de raiva, alguma coisa pronunciada entredentes (entre dentes).
Além dos erros propositais, acredito que não há qualquer deslize de escrita. Entre “jantar” e “janta”, acho que o autor optou pela forma coloquial, mais aconchegante. Gostei da leve aproximação dos irmãos, da tangência que o autor faz do “medo”, da gota de “amor fraterno” que foi salpicada no conto, mesmo sendo FC.
Parabéns, T.F.!
Boa sorte no desafio!
Abração…
UTENCÍLIO- T.F.
O conto tem uma história Surreal, cheia e repleta de erros propositais e outros nem tanto, mas que o torna tornando uma acurada Arte Literária. Acredito que o propósito do enredo foi fazer confusão mesmo, mesmo usando tempos verbais não intencionais. Tem gente que não gosta das pinturas de Pollock, eu sou fã dele. Vou parando por aqui para não entrar em outra Dimensão; Gostei bastantão do seu conto, T.F.
O conto começou realista e, de repente, deu uma guinada.
Imaginação, certamente o/a autor/a teve… e haja imaginação para tanto. Foi criativo, sem dúvidas.
O terceiro parágrafo, todo na terceira pessoa, estava muito bom. Depois, os diálogos me pareceram um pouco rasos, quebrando o ritmo.
A ideia de ‘abduzir’ me parece clichê, desculpa.
Quando diz ‘acabar com nós’, pensei se tratar de um erro do/a autor/a. Mas depois, com o ‘seje’ ‘menas’, demonstrou ser um equívoco do personagem. Ainda assim, o ‘com nós’ vem antes. E a dúvida permanece. Minha desconfiança enquanto leitor: um aspirante a cientista cometeria erros desse nível?!
O personagem Pedro disse: ‘Gi, você precisa entender o meu propósito. É maior que eu’. Eu não entendi o propósito dele.
No fim das contas, pela criatividade imaginativa, o saldo foi bom !
Fico devendo quanto à ficção científica… Não sou capaz de opinar.
Oi, T.F., tudo bem?
Então, acho que você teve parte dessa mirabolante ideia no decorrer do desafio anterior. Sim, fui eu que apontei o equívoco cometido pelo pseudônimo Dona Porcelana – conto Prazer, a travessa – ao empregar “utencílios” ao invés de “utensílios”. Lembro que alguém do grupo brincou que o significado era – um U com cílios. Enfim, só estou exibindo minha memória, mesmo.
Quanto ao tema, acredito que foi abordado. Não sou lá muito fã de F.C., então me solidarizo com a dificuldade da sua missão.
Mas que história foi essa, hein? Bem doida, efeito de algum chazinho de cogumelos?
Pode ser apenas chatice minha, mas não acredito que a professora de português diria “janta” ao invés de “jantar”. Mesmo sendo um termo de uso coloquial, popular, familiar, também pode ser considerado inapropiado conforme o contexto. Jantar é a forma mais elegante e culta. Digo isso porque a moça pegava no pé do irmão por causa do linguajar.
Outro ponto que me deixou curiosa – por que a professora disse para o garoto não falar palavrões quando ele somente disse “droga”? Isso é palavrão?
Achei divertida a brincadeira com o “ajuntamento” de letras e palavras, mas não entendi muito bem a transformação do T em F. Se fosse um P em F… talvez. Só ao ler o comentário da Kelly, me dei conta de que os cílios no U era trema. Mas medo de trema??? Podia ser aflição, um trauma, sei lá. Não entendi nada em alguns momentos. Desculpe-me pela pouca destreza interpretativa.
Parabéns pela participação no desafio (sinto que você conseguiu se divertir pelo menos) e boa sorte!
Oi T.F.
Acho que você mirou na ficção científica e acertou na literatura infantil.
A ambientação do seu conto me pareceu a de uma aventura infanto-juvenil. E não há nada de errado nisso, se for este o seu objetivo. Mas, neste caso, acho que o tema escapou.
No geral, achei a história confusa e um bocado aleatória.
Gisele tem medo de U com cílios? O que é isso? Seria uma trema? E, por que? Tá certo, eu não tenho moral pra falar do medo de ninguém, já que eu tenho medo de borboletas. Mas, trema? E, como os cílios do U matariam alguém?
Boa sorte no desafio.
Kelly
O conto me soou inverossímil: uma sucessão de fatos absurdos que, a mim, fizeram pouco sentido. Talvez a história da professora tivesse me interessado, mas foi abandonada em troca da abordagem do tema. As limitações do meu intelecto não me permitiram sequer apreciar adequadamente o trocadilho do título e suas implicações ao longo do texto.