Jardim dos aflitos │ Antonio Stegues Batista

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A casa estava envolta em sombras e silêncio, havia claridade numa das janelas coberta por cortinas. Os dois homens ao lado do carro estacionado próximo dali, preparavam-se para a invasão. Era o momento da tensão, da adrenalina, do medo, pois algo poderia sair errado.

— Não acha melhor pedirmos reforço? – Perguntou um dos policiais.

— Tem só dois traficantes lá dentro. Você viu. Podemos dar conta deles. O mérito de prender o chefão será só nosso. – Respondeu o colega e retirou um envelope do bolso. Colocou o conteúdo sobre o capô e aspirou o pó.

O companheiro não se surpreendeu. Já desconfiava que ele era um viciado. Na apreensão de drogas separava um pouco para seu próprio consumo.

— Quer um pouco? Isso te dá mais coragem e força.

O outro sacudiu a cabeça, recusando. Em seguida sacaram as armas e avançaram. Arrombaram a porta com um pontapé. Os dois traficantes estavam na sala, contando dinheiro. Encostado na parede, uma pilha de pacotes com drogas. À voz de prisão não foi obedecida, os criminosos sacaram suas armas e aconteceu um tiroteio. Os bandidos acabaram mortos. Um dos policiais foi ferido de raspão no braço, o outro ria pelo sucesso da missão.

Ao perceber que o tiroteio tinha acabado, uma mulher saiu do banheiro. De olhos arregalados e rosto pálido, circundou o olhar pelo ambiente.

O policial parou de rir, colocou a arma do coldre e foi na direção dela, perguntou o nome, ela respondeu, evitando olhar os corpos no chão sobre as poças de sangue.

 O policial deu um murro no rosto da jovem, que caiu semi-inconsciente. Ele atirou-se sobre ela e começou a arrancar suas vestes. O colega tentou evitar o estrupo, mas o policial jogou-o para o lado e puxou a arma.

Um tiro soou e a cena do crime precisou ser alterada

**

A sala era pequena, sem janelas. Tinha apenas uma mesa e duas cadeiras. Numa delas estava a mulher, sentada, olhando para uma parede cinzenta, com um dos olhos roxos.

Um homem de terno escuro entrou. Era o terceiro investigador a fazer perguntas. Como das outras vezes, ela repetiu a mesma história.

**

Precisou enfrentar o medo para estar ali, sentado no banco da capela mortuária, ao lado do féretro. Evitava olhar a expressão de dor e tristeza no rosto da viúva, no lado oposto da sala. As pessoas vinham e iam, olhavam o morto, mentalmente se despediam fazendo uma prece, davam os pêsames à esposa e saiam porque não havia mais lugar ali dentro. Eram policiais, detetives, delegados, amigos, colegas e conhecidos. Até um comissário aposentado veio dar seu último adeus ao falecido, um policial exemplar que morreu no cumprimento do dever. Era o que todos julgavam.

Miguel sentia-se esmagado pela atmosfera sufocante. Queria sair dali, mas alguma coisa prendia-o ao assento. Um sentimento de culpa deixava-o duro, rijo. Levou uma eternidade para erguer a mão até a aba do nariz, que coçava.  Arrependia-se por não ter chegado mais tarde. Faltava ainda, 1 hora e meia para o sepultamento.

Recordou àquela noite, dois dias atrás, quando receberam ordens para investigar o paradeiro de um traficante de drogas. As cenas permaneciam vivas em sua mente. Queria fugir daquilo tudo. Apesar de saber que era apenas ilusão dos sentidos, seus pés estavam presos ao chão por robustas correntes invisíveis. Era o velório de seu colega, não podia deixar de comparecer.

Para distrair-se, fixou o olhar na janela do outro lado do aposento, por onde podia ver um arbusto que ele julgou ser um pé de azaleia, mais além, alguns túmulos, um alto pinheiro, o céu azul, manchado de branco por uma solitária nuvem cumulus. Súbito, percebeu o reflexo do caixão no vidro da janela, viu o morto que se erguia, apontava um dedo para ele e abriu a boca como se fosse acusá-lo.

Miguel estremeceu, um grito de espantou se formou em sua garganta, mas foi contido quando uma mão segurou a sua, uma mão quente e macia, num gesto de solidariedade. Olhando para o lado encontrou o rosto sereno da mulher que usava óculos escuros para esconder o machucado. Ela ergueu-se, puxou-o gentilmente pela mão e conduziu-o para o jardim.

Temas: Ilusão, Coragem, Ciclos

18 comentários em “Jardim dos aflitos │ Antonio Stegues Batista”

  1. jowilton amaral da costa

    O conto narra a história de dois policiais que invadem uma boca de fumo e a ação acaba com um dos policiais, o policial corrupto, morto. O enredo é bom. Vai melhorando aos poucos, tendo o desfecho como a melhor parte. Achei bem legal a virada, quando descobrimos que o policial foi morto pelo parceiro por conta da tentativa de estupro. A narrativa ainda está muito crua. Poderia ter descrito de forma mais contundente os momentos de ação. O tema é bem estranho, no entanto acho que foi bem executado. Boa sorte no desafio.

  2. Anna Carolina Gomes Toledo

    Em vista do tema, imagino que tenha feito um bom trabalho (me pergunto quais eram os outros temas). A história em si é interessante e, se tivesse uma descrição mais marcante, teria um resultado melhor. O que acontece e como acontece está descrito, mas poderia ser mais sentido com mais “abusos” de escrita. A última parte é sem dúvida a melhor das três
    .

  3. Um enredo confuso que parece tocar um dos três temas sem pertencer a algum, além de violência que parece gratuita e sem construção. Tem o erro crasso com a palavra “estupro” escrita incorretamente o que, pela gravidade do que descreve, acaba distraindo. Assim, se a cena mais catártica é esvaziada de impacto, o mesmo se diz sobre o resto, o pulo de um cenário a outro ajudando a diluir o foco, as cenas construídas com uma artificialidade palpável…

  4. Olá, Jardineiro!

    Eu gostei do conto, mas acredito que o limite de palavras pode ter atrapalhado a compreensão e a imersão completa do leitor. Mesmo assim, tem muito potencial para virar um romance, só precisa de alguns ajustes para corrigir os desvios gramaticais e desenvolver os personagens. Achei o enredo apressado, com momentos imprecisos e alguns trechos necessitam de revisão. Contudo, aprecio a sua coragem de escrever os três temas sugeridos.

    Sucesso para ti!

    Boa sorte!

  5. Olá,
    Parabéns pela coragem em combinar três temas. Acho que a narrativa ficou muito boa e coesa, mas a narração, por outro lado, Um pouco confusa. Talvez por essas quebras abruptas entre as cenas. O texto tem um ritmo frenético, o que é legal, mas tem que tomar cuidado. No geral, gostei bastante.
    Boa sorte!

  6. Fernando Dias Cyrino

    Oi, Jardineiro, cá estou eu com a sua história. O Jardim dos Aflitos é forte, né? Intenso… Bem, gosto de histórias que me obrigam a pensar, a reler para entender melhor e a sua está enquadrada dentre essas. A coragem que vem da cocaína, interessante e muito mais comum do que possamos imaginar. Achei que conseguiu me colocar dentro da narrativa e isto significa ponto para você. Viajei na maionese. Estive perto da porta quando da preparação da invasão, estive no tiroteio, estava presente quando do soco e da tentativa de estupro… Uma história aberta que nos deixa margem a várias interpretações. Parabéns. Sucesso no desafio.

  7. Buenas, Jardineiro.

    Outro conto ousado. Em si, apenas o uso dos três temas já bastaria para encaixá-lo como ousado, porém, a temática abordada, junto com a crueza dos fatos, deixa a obra ainda mais ousada.

    Sim, existem inúmeros policiais viciados em cocaína, conheço um PM de rua no Rio de Janeiro que é cabuloso, tanto que o apelido dele é Farinha. E é mais comum usarem antes das operações do que se pensa, exatamente pra dar coragem. Mas também deixa os caras mais agitados e agressivos, o que é um problemão, às vezes. É natural que muita gente duvide disto ou ache a ideia inconcebível: é muito difícil sair da sua bolha, às vezes. Acho que nunca comentei por aqui, mas tive uma juventude um pouco conturbada. Acabei sendo preso, uma vez, por vadiagem. Num dado ponto da viagem, os policiais pararam a viatura no meio-fio, preparam a carreira num dos celulares e deram o famoso tiro, HAHAHAHAHA. Eles ficaram tão doidos que me ofereceram. Surreal, não é? Mas aconteceu.

    Sobre a história, gostei da trama, em geral. É bem simples: o policial bom precisou matar o parceiro viciado pra impedir o estupro e se proteger, combinou a história com a mulher e depois, consumido pela culpa, foi ao velório. Estranhei tantas pessoas irem ao velório, mas imagino que o caso possa ter ganhado grandes proporções por causa da mídia. Isso realmente acontece. É normal aparecem vários abutres tentando se promover em cima de tragédias. Gostei do conto e da ousadia, Jardineiro.

    Parabéns pelo texto. E vamos que vamos!

  8. CLAUDIA ROBERTA ANGST

    Oi, Jardineiro, tudo bem?
    Então, o seu conto abordou o trio de temas que você resolveu misturar por pura ousadia.
    Não sei se entendi bem qual policial morreu: o viciado ou o mocinho? Se fosse o valentão a base de pó, então seria improvável que a moça quase estuprada estivesse ali ao seu lado. A não ser que tivessem já um caso antes disso, ou fosse até mesmo a mulher do policial que foi pega ali no flagrante e por isso a reação violenta do “marido”. Não, não tem sentido nada disso. O mais verossímil seria o sobrevivente ser o mocinho, mas aí encontrei outra pedra no caminho…O que me desviou de pensar que tivesse sido o mocinho foi a menção de ” a aba do nariz, que coçava.” Pode ter sido mera coincidência, mas pareceu ser mais um nariz de cheirador de pó. Ou como tudo o mais, uma ilusão. Enfim, acho que o(a) autor(a) conseguiu iludir a todos nós.
    Há algumas falhas de revisão, já apontadas pelos demais comentaristas. Além de um erro de digitação no finalzinho – “grito de espantou” no lugar de “grito de espanto.”
    Parabéns pela participação e boa sorte.

  9. Olá jardineiro. Fiquei bastante confuso com o seu texto. Percebi a intenção e a narrativa, mas há uma certa falta de coerência que dificultam a escrita. Quando pretendemos que o texto não seja linear, como é o caso, têm de ser adicionadas pistas que prendam o leitor. Mesmo um texto não linear não pode deixar de ter coerência. No seu conto, o meu entendimento é que Miguel era o policia que consumia cocaína, que lhe provocava alucinações. Ele matou o colega e a mulher do traficante. Depois foi ao velório, onde teve uma alucinação com o colega e a mulher morta, ou seriam os fantasmas à procura de vingança. Este foi o meu entendimento, o único que traria o impacto que eu procuraria encontrar neste conto. Não sendo o sentido que o autor pretendeu dar ao conto, para mim, enquanto, leitor, é perfeitamente irrelevante. Esta é a grande ilusão da literatura, o autor pensa sempre que tem o controlo criativo, mas o que realmente conta é a percepção do leitor.

  10. Oi Jardineiro.

    Uma boa história, mas que pareceu meio confusa numa primeira leitura.

    Alguns errinhos incomodaram: em “À voz de prisão não foi obedecida” não tem crase, nem “recordou àquela noite”. Ai, e “estrupo”. Nada que uma revisão mais atenta não resolva. É só que num texto curto, pequenos erros chamam muita atenção.

    Achei seu tema complicado. Era mesmo para usar todos os três?

    Boa sorte.
    Kelly

  11. Oi Jardineiro,

    Gostei do conto policial, principalmente por trazer problemas éticos existentes na instituição que deveria proteger as pessoas e agir de acordo com a lei.
    É ambíguo, conflitante (e chega a ser hilário) nos depararmos com uma personagem que ao mesmo tempo que combate o tráfico, é viciado em drogas e tenta estuprar uma mulher. O parceiro se vê numa encruzilhada ao alterar a cena do crime, agindo de modo antiético, para preservar a imagem do amigo. E acaba se sentindo culpado por ter ido ao velório, sendo o responsável pela morte dele. História incrível, parabéns!
    Sucesso com o seu conto!

  12. Ana Luísa M. Teixeira

    Oi Jardineiro!
    Tudo bem?

    Muito bom seu texto! Parabéns!
    Não encontrei nenhum erro de digitação ou revisão, mas o mais impressionante, foi, sem dúvida, o enredo!
    Uma históra que prende o leitor e entrega tudo o que se propôs!
    Que difícil e desafiador conseguir colocar tantos temas de forma coerente dentro de um mesmo texto! Me surpreendi muito como colocaram tantos temas para um texto só e fui positivamente surpreendida.
    Na minha opinião o enredo todo está muito bem estruturado, as personagens condizem com a realidade de uma maneira geral e a história é bem amarradinha, achei tudo muito verossímil, tudo isso poderia ter sim acontecido “na vida real”.

    Mais uma vez parabéns e boa sorte!

  13. Jardineiro, bom dia!

    Senhora da Abadia, que história e que eventos! Deve ter tido trabalho.

    Vi muita gente nos comentários de outros contos acusando os temas de serem difíceis e tal. Tudo bobagem. Mas no seu caso, é um absurdo exigir linkar esses três temas. Alguém acima disse que provavelmente foram listadas todas as três opções recebidas, pode ser. Mas ou você pode ter achado que deveria perpassar os três temas ou tentou se desafiar. Porque os três estão no conto, ou, ao menos, esses dois: Ilusão, Coragem. Então, considerarei o tema como adequado, seja porque deveria ser apenas um, seja pq quem condensou três temas em um, acabou complicando excessivamente.

    Do texto, há alguns momentos de excessos de imagens ou explicações: “Era o momento da tensão, da adrenalina, do medo, pois algo poderia sair errado” – para mim, esse trecho “pois algo poderia sair errado” está sobrando. O mesmo, na minha percepção com toda a frase: “Até um comissário aposentado veio dar seu último adeus ao falecido, um policial exemplar que morreu no cumprimento do dever” – um comissário aposentado, não me parece nada fora do comum em um velório de um policial tido exemplar. Quando se usa o “até” para mim deveria ser alguém extraordinário, como o governador, um ministro ou a imprensa.

    Sobre os eventos narrados, eu achei as cenas fortes. É uma história interessante, com bastante elementos que me pareceram plausíveis.
    Senti falta de termos o ponto de vista do Miguel, de podermos mesmo mergulhar na cabeça dele e perceber melhor o conflito que o levou a matar o colega. Embora, claro o motivo seja o estupr0, o dilema dele não foi explorado.

    Quanto à escrita, vejo que recentemente tem-se dado muito valor a escrita mais didática, que não sugere muito e deixa tudo pronto para o leitor. Qualquer conjectura de complexidade é frequentemente interrompida pelo narrador que reforça a ideia que ele deseja transmitir. Um exemplo no seu texto, o cara estupr0u a mulher, disso já sabemos o bandido que ele é. Quando as pessoas vão no velório chorar pela sua morte heroica, já sabemos que isso é falso, que aquelas pessoas estão enganadas. Que há um engano absurdo ali. Mas o narrador vai reforçar isso para não dar margem para dúvida concluindo “Era o que todos julgavam”.
    E vejo que isso está sendo feito em muitos romances de forma bastante consciente. Não sei se no seu caso é intencional, se for, tudo bem. Muitos leitores amam e preferem narrativas assim. Detestam ser desafiados Se não for sua intenção, pense que ideias redundantes pode parecer para parte do público que ele está sendo subestimado.

    Sobre a possível volta do morto para assombrar, essa é a parte do conto que me incomodou. Pareceu que foi colocado ali para se adequar ao tema ilusão. Mas não precisava, a imagem para as pessoas do bom policial, assassinado em combate já era bastante ilusória.

  14. Olá, Jardineiro!
    Tudo bem?
    Muito interessante seu conto… Fiquei confusa no final, afinal, qual policial morreu? O certinho ou o viciado estuprador? Essa dúvida é muito boa e pra mim foi a melhor parte do seu conto! Pq tudo leva a crer que foi o certinho, mas esse final… Não sei não…
    Gostei da história, de todo o tom, e da mistura dos três temas, quem pode, pode!
    Boa sorte no desafio e até mais!

  15. ANTONIO STEGUES BATISTA

    Pelo que eu li, entendi que dois policiais invadiram uma casa e mataram traficantes.
    Um dos policiais, que havia ingerido cocaína, perde o controle e ataca uma mulher que estava no local.
    O companheiro tenta salvar aa moça e para não ser morto, mata o companheiro.
    A cena do crime foi alterada e isso me leva a crer que deram a impressão que o policial foi morto pelos bandidos.
    Miguel comparece ao enterro, ocultando de todos a vida dupla do policial envolvido com drogas e corrupção.
    O filme O Profissional, com Jean Reno mostra exatamente isso, um policial ingerindo droga antes de atacar o pistoleiro.
    Além de usar drogas ele matava inocentes.
    Apesar dos erros de pontuação e gramática, achei o conto interessante,
    quando mostra o dilema do protagonista diante da viúva e de toda a cúpula da Polícia.

  16. Regina Ruth Rincon Caires

    O autor escolheu desenvolver um conto dentro dos temas: ilusão, coragem e ciclos. Acredito que houve foco maior em “coragem” e “ilusão”.

    A trama ocorre em meio a uma ocorrência policial, tendo como personagens os colegas de ofício, fardados.

    O texto apresenta deslizes de escrita, de colocação pronominal, de pontuação. Enfim, seria bom que uma cuidadosa revisão fosse feita.

    Pesquisei:
    “Nuvem Cumulus: nuvem espaçada e de contornos nítidos, com base aplainada e bem definida, formada em baixas altitudes.”
    “Féretro: caixão, ataúde, esquife.” – particularmente, eu pensava que féretro fosse o percurso, a procissão, a caminhada feita com o caixão até o local do sepultamento.

    Texto com boa trama, a leitura ficou um pouco truncada pelos deslizes na escrita, mas não impediu a compreensão.

    Parabéns pelo trabalho, Jardineiro!

    Boa sorte no desafio!

    Abração…

  17. Um conto que narra uma ação policial e seus desdogramentos.
    Penso que seria relevante investir no tom de tensão e na emoção da cena.
    O nome de um dos personagens (Miguel) só é revelado mais para o final do conto, o que, na minha opinião, causa um estranhamento.
    Vale fazer uma revisão na língua portuguesa.
    No mais, o tema deste conto é amplo demais. ‘Ilusão, Coragem, Ciclos’, na verdade, são três temas, né? Difícil…
    Valeu a leitura!

  18. Olá, Jardineiro! Em “Os dois homens ao lado do carro estacionado próximo dali, preparavam-se para a invasão” essa vírgula separando sujeito de predicado não existe. A frase “Era o momento da tensão, da adrenalina, do medo, pois algo poderia sair errado” é dispensável, pois não agrega nada de novo, só tira o ritmo que, para este conto, pede que seja rápido. O diálogo não está muito convincente. Por exemplo, em “— Tem só dois traficantes lá dentro. Você viu. Podemos dar conta deles. O mérito de prender o chefão será só nosso”, não acho que policiais em plena operação falariam desse jeito. Um policial cheirar cocaína no meio de uma operação achei absurdo demais. Se fosse uma comediona, tudo bem. Até fui conferir o tema nessa hora, para ver se tinha a ver com o tema, mas não. Assim como não me pareceu verossímil q um policial risse enquanto seu colega estava ferido. Uma revisãozinha evitaria “À voz de prisão não foi obedecida”, “saiam” em vez de “saíam” e “espantou” em vez de “espanto”. Achei que o nome Miguel entrou tarde. “aba do nariz” me soou uma imagem confusa. Seria melhor “nariz”, simplesmente. quanto ao tema, me parece que foram sinalizados os 3 temas, em vez de somente um.

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